Vistos de estudantes universitários ‘simpatizantes do Hamas’ serão cancelados, diz Casa Branca
Washington, 29 jan. 2025 – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que irá cancelar os vistos de estudantes universitários que forem considerados simpatizantes do Hamas, grupo palestino classificado como terrorista pelos EUA. A Casa Branca afirmou que a medida faz parte de uma ofensiva mais ampla contra o grupo após os ataques de outubro de 2023. A decisão representa um endurecimento da postura americana em relação ao Hamas e a uma vigilância mais rigorosa sobre indivíduos potencialmente ligados à organização.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, não forneceu detalhes sobre o número de estudantes afetados ou o processo específico de identificação dos simpatizantes do Hamas. No entanto, a declaração da Casa Branca enfatiza o compromisso do governo americano em combater o terrorismo e proteger a segurança nacional. Watson ressaltou que os EUA têm o direito de negar vistos a indivíduos que representam uma ameaça à segurança nacional, independentemente de seu status de estudante.
A medida é uma resposta direta aos ataques de outubro de 2023, perpetrados pelo Hamas contra Israel. A Casa Branca argumenta que a ação visa evitar que indivíduos com conexões ao Hamas obtenham acesso ao sistema educacional americano e, consequentemente, a potenciais recursos que poderiam ser usados para apoiar atividades terroristas.
A declaração não detalhou quais critérios serão usados para determinar a simpatia ao Hamas, levantando preocupações sobre o potencial de abusos e a possibilidade de estudantes serem injustamente penalizados. Grupos de direitos humanos já expressaram preocupação com a possibilidade de perfis étnicos ou religiosos serem usados como base para a decisão de cancelamento de vistos. Ainda não há informações sobre o processo de apelação para os estudantes afetados.
A Casa Branca, por sua vez, reafirmou seu compromisso de apoiar os estudantes internacionais que buscam educação nos Estados Unidos, desde que não representem uma ameaça à segurança nacional. A medida, apesar de polêmica, demonstra a determinação do governo americano em enfrentar a ameaça do terrorismo e proteger seus interesses. A implementação desta política e seus impactos a longo prazo serão observados atentamente por especialistas e organizações de direitos humanos.