Violência policial em SP: Comissão Arns pede demissão de Derrite e OAB cobra resposta de autoridades da segurança pública e da Justiça



São Paulo, 4 de dezembro de 2024 – A violência policial em São Paulo voltou a ser foco de discussões nesta quarta-feira, com a Comissão Arquidiocesana dos Direitos Humanos (Comissão ARNS) pedindo a demissão do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) também se manifestou, cobrando respostas contundentes das autoridades de segurança pública e do sistema judiciário sobre os casos de violência policial que vêm sendo registrados na capital paulista.

A Comissão ARNS apresentou um relatório que aponta um aumento significativo nos casos de violência policial, sem especificar números percentuais. O documento detalha diversas situações de abuso de poder, incluindo mortes e uso excessivo da força por policiais militares. A comissão destaca a gravidade dos fatos e a necessidade de responsabilização dos agentes envolvidos, defendendo a demissão de Derrite como uma medida essencial para iniciar um processo de mudanças na política de segurança pública do estado. A falta de transparência e a lentidão nas investigações também foram criticadas no relatório.

Já a OAB-SP, em nota oficial, expressa preocupação com a falta de respostas efetivas por parte das autoridades sobre as denúncias de violência policial. A instituição exige que a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público iniciem investigações rigorosas e independentes, que levem à punição dos responsáveis e à prevenção de novos casos. A OAB-SP reforça a importância da transparência e da prestação de contas por parte do governo estadual em relação à segurança pública e ressalta a necessidade de um diálogo aberto e construtivo com a sociedade civil para a construção de políticas públicas mais eficazes e respeitosas dos direitos humanos.

A repercussão do pedido de demissão de Derrite e da cobrança da OAB-SP promete acirrar o debate sobre a violência policial em São Paulo. A falta de dados estatísticos precisos sobre o aumento de casos de violência policial, apesar de mencionado no relatório da Comissão ARNS, dificulta uma análise mais completa da situação. A expectativa é que as autoridades respondam às críticas e apresentem medidas concretas para enfrentar o problema, garantindo a segurança da população e o respeito aos direitos humanos. A ausência de ações efetivas poderá aprofundar a crise de confiança entre a população e as forças policiais.

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