Vídeos mostram momento em que funcionário da Embasa foi baleado por PMs; imagens e depoimentos contestam versão da polícia



Versão policial sobre morte de funcionário da Embasa é contestada por vídeos e depoimentos

Salvador, 26 de novembro de 2024 – A morte de José Carlos Santos, funcionário da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), ocorrida em 22 de novembro, está gerando controvérsia. Vídeos e depoimentos colhidos por familiares e amigos contestam veementemente a versão apresentada pela Polícia Militar da Bahia (PM-BA), que afirma ter agido em legítima defesa após uma perseguição.

Segundo a PM-BA, Santos teria reagido a uma abordagem policial, resultando em confronto. A versão oficial aponta que os policiais militares dispararam após o funcionário da Embasa ter avançado com o veículo contra a equipe. No entanto, vídeos que circulam nas redes sociais e depoimentos de testemunhas narram uma versão diferente dos fatos. As imagens, ainda sob análise, mostram momentos da perseguição e sugerem que Santos não teria apresentado ameaça iminente aos policiais. A família afirma que Santos estava retornando do trabalho e que não tinha antecedentes criminais.

A divergência central reside na questão da legítima defesa. Enquanto a PM sustenta que os disparos foram necessários para preservar a vida dos agentes, os vídeos e os depoimentos sugerem que a reação policial pode ter sido desproporcional. Testemunhas afirmam que Santos não estava armado e que a perseguição foi iniciada sem justificativa aparente. A família de José Carlos Santos contratou advogados e exige uma investigação completa e isenta, buscando responsabilizar os envolvidos caso se confirme a tese de excesso na ação policial.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com inúmeros internautas questionando a versão apresentada pela PM-BA e demandando justiça para a família. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já foi acionado e abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de José Carlos Santos. A investigação promete esclarecer os pontos de divergência entre a versão policial e os relatos de testemunhas, analisando as imagens gravadas e todos os depoimentos colhidos. A expectativa é que a investigação determine se houve ou não excesso por parte dos policiais militares.

A Embasa, por sua vez, emitiu uma nota lamentando a morte do funcionário e se colocando à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A empresa não se manifestou publicamente sobre as divergências entre as versões apresentadas. A conclusão do inquérito e a posterior responsabilização dos envolvidos, caso sejam encontrados culpados, são aguardadas com expectativa por familiares, amigos e sociedade em geral.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *