Vendedora é vítima de intolerância religiosa no metrô: ‘Ela dizia que ia tirar o Exu de dentro de mim’
Salvador, 25 de novembro de 2024 – Uma mulher foi vítima de intolerância religiosa dentro de um vagão do metrô de Salvador na manhã desta segunda-feira. O caso, que gerou indignação nas redes sociais, expõe a persistência de preconceitos religiosos na capital baiana. A vítima, que não teve seu nome divulgado, relatou ter sido alvo de ofensas e agressões verbais por estar usando roupas e acessórios relacionados à sua religião, o candomblé. A Superintendência de Transportes do Salvador (Transalvador) informou que está investigando o ocorrido e que medidas serão tomadas.
De acordo com o relato da vítima, os ataques começaram quando ela entrou no vagão do metrô. Passageiros, não identificados, começaram a proferir insultos e comentários depreciativos sobre sua fé, fazendo referência aos seus objetos pessoais ligados ao candomblé. A mulher, visivelmente abalada, relatou sentir-se intimidada e constrangida pela situação. Apesar do incidente ter ocorrido em um local público, aparentemente nenhum outro passageiro interveio para defender a vítima.
A Transalvador, em nota oficial, condenou o ato de intolerância religiosa e afirmou que está apurando o caso para identificar os responsáveis pelas agressões verbais. A superintendência ressaltou o compromisso em garantir o direito à segurança e respeito de todos os passageiros, independentemente de sua crença religiosa. A Transalvador informou ainda que está reforçando a orientação de seus funcionários para atuarem em casos de intolerância e discriminação no sistema metroviário.
A ocorrência reforça a necessidade de combater a intolerância religiosa e a discriminação em espaços públicos. O caso demonstra a urgência em promover a conscientização sobre o respeito à diversidade religiosa e a importância de se criar ambientes inclusivos e seguros para todos os cidadãos. Enquanto a Transalvador conduz a investigação, a expectativa é que os responsáveis sejam identificados e que sejam tomadas medidas cabíveis para responsabilizá-los por seus atos. A falta de intervenção por parte dos demais passageiros também levanta questionamentos sobre a postura da sociedade diante de atos de preconceito e intolerância.