Veja as principais reações internacionais à posse de Trump
Reações internacionais à posse de Trump dividem opiniões e geram incertezas
Brasília, 20 de janeiro de 2017 – A posse de Donald Trump como 45º presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro de 2017, gerou uma onda de reações internacionais, marcadas por uma mistura de expectativa, preocupação e ceticismo. Enquanto alguns líderes mundiais expressaram otimismo em relação à nova administração americana, outros manifestaram reservas e até mesmo críticas diretas às políticas defendidas por Trump durante sua campanha eleitoral.
A União Europeia, por exemplo, se mostrou cautelosa. A presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, destacou a necessidade de uma relação transatlântica forte, mas também frisou a importância de valores compartilhados como a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos. A chancelera alemã, Angela Merkel, em um tom mais direto, afirmou que a Alemanha “irá cooperar com os Estados Unidos onde for possível e onde estivermos de acordo”, mas também se comprometeu a defender os interesses europeus de forma independente. A postura da UE reflete uma preocupação latente com a possibilidade de Trump reverter acordos comerciais e de segurança, como o Acordo de Paris sobre o clima, o que poderia gerar instabilidade econômica e geopolítica.
No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau, apesar de sua postura conciliadora, também expressou preocupação com algumas políticas de Trump, enfatizando a importância da cooperação e do diálogo. Já no México, a posse foi recebida com evidente apreensão, principalmente devido às propostas de Trump de construir um muro na fronteira entre os dois países e de revisar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). A preocupação com o impacto econômico de tais medidas é palpável.
Em outros países da América Latina, as reações foram diversas. Enquanto alguns governos optaram por uma postura de cautela e observação, outros manifestaram preocupação com a política externa de Trump, especialmente em relação aos temas de imigração e direitos humanos.
O tom geral das reações internacionais à posse de Trump sugere um cenário de incerteza. A expectativa de mudanças significativas nas políticas americanas, em diversos setores, impacta diretamente as relações internacionais e gera preocupações quanto ao futuro da cooperação global em temas cruciais. A efetivação das propostas de campanha de Trump e o modo como serão recebidas pela comunidade internacional serão fatores cruciais para definir o rumo das relações globais nos próximos anos. A ausência de uma postura unânime entre os líderes mundiais reflete a complexidade do momento e a magnitude do desafio que a nova administração americana representa para a ordem internacional.