Veja a cronologia das mortes das vítimas assassinadas por policiais militares em Roraima
Boa Vista, RR, 09 de dezembro de 2024 – Cinco mortes em Roraima, todas envolvendo policiais militares, têm gerado indignação e questionamentos sobre as ações das forças de segurança do estado. A cronologia dos eventos, revelada por investigações em andamento, levanta preocupações sobre o uso excessivo da força e a necessidade de apuração rigorosa dos fatos. Os casos, ocorridos entre 2023 e 2024, expõem uma série de inconsistências que demandam esclarecimentos por parte das autoridades.
A primeira morte registrada ocorreu em 28 de julho de 2023, com a vítima identificada como David. Ele foi atingido por disparos de arma de fogo durante uma abordagem policial no município de Pacaraima. A segunda vítima fatal, José, morreu em 15 de novembro de 2023, também alvejado em uma ação policial em Boa Vista. Os detalhes destas duas ocorrências ainda são alvo de investigações, com a apuração das circunstâncias que levaram aos disparos.
Já em 2024, mais três casos de mortes violentas envolvendo policiais militares chocaram o estado. Em 23 de janeiro, Edivan foi morto a tiros. Dois meses depois, em 21 de março, Deusimar também perdeu a vida após confronto com a polícia. O quinto caso aconteceu em 16 de maio, com o falecimento de Ailton, que também foi vítima de disparos durante abordagem policial.
Todos os casos envolvem a morte de suspeitos durante ações policiais. A semelhança das circunstâncias, contudo, tem levantado suspeitas de um padrão de conduta que merece investigação profunda e independente. A ausência de transparência imediata sobre os ocorridos e a demora na divulgação de informações relevantes têm alimentado a inquietação da população. A falta de detalhes precisos sobre as abordagens, o número de disparos efetuados e o tipo de armamento usado contribui para a incerteza e gera desconfiança.
As famílias das vítimas buscam justiça e cobram explicações por parte das autoridades competentes. A sociedade roraimense, por sua vez, acompanha com atenção o desenrolar das investigações, esperando respostas claras e transparentes que esclareçam as circunstâncias de cada morte e que garantam a responsabilização dos envolvidos, caso se comprove o uso ilegal da força. A repetição destes casos acende o debate sobre a necessidade de capacitação e treinamento mais rigoroso para as forças policiais, visando a prevenção de novas tragédias e o respeito aos direitos humanos. A busca por justiça e o clamor por segurança pública justa e eficaz ecoam em Roraima.