Variante da Covid-19 é encontrada em morcegos pela 1ª vez no Pantanal de MT
Cuiabá, MT – 23 de janeiro de 2025 – Pela primeira vez, uma variante do coronavírus SARS-CoV-2 foi identificada em morcegos no Pantanal mato-grossense. A descoberta, resultado de pesquisas realizadas por cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), levanta preocupações sobre a possibilidade de novas mutações virais e a necessidade de monitoramento contínuo da fauna silvestre.
A pesquisa, ainda em fase inicial, identificou a variante em amostras coletadas em uma área específica do Pantanal. Os pesquisadores analisaram amostras de fezes e tecidos de morcegos frugívoros, encontrando material genético compatível com o SARS-CoV-2. A variante apresenta algumas diferenças genéticas em relação às variantes já conhecidas em humanos, mas os pesquisadores não divulgaram detalhes específicos sobre as mutações encontradas. A equipe ressalta que são necessários estudos adicionais para determinar o potencial de transmissão para humanos e os riscos associados a essa nova variante.
O estudo, conduzido pela equipe da UFMT, ainda não foi publicado em uma revista científica, porém os resultados preliminares foram apresentados em um congresso nacional de virologia. A equipe enfatiza a importância do monitoramento contínuo da fauna silvestre para a detecção precoce de novas variantes virais e a prevenção de futuras pandemias. A pesquisa contou com o apoio de diversas instituições, embora os nomes não tenham sido especificados na reportagem.
A descoberta reforça a complexidade da dinâmica viral e a necessidade de vigilância epidemiológica ampliada, incluindo a monitoração de reservatórios animais. A equipe da UFMT se comprometeu a continuar as pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre essa nova variante e seu potencial impacto na saúde pública. O trabalho também pretende investigar a diversidade genética do vírus em morcegos e a sua possível disseminação no Pantanal. A equipe finaliza enfatizando a necessidade de colaboração entre pesquisadores, órgãos de saúde pública e instituições de proteção ambiental para garantir a saúde humana e a conservação da biodiversidade.