Valdemar e Bolsonaro sabiam de relatório falso sobre urnas; Cid disse que equipamentos não tinham fraude



Valdemar Costa Neto e Bolsonaro tinham conhecimento de relatório falso sobre urnas, diz Cid

Brasília, 26 de novembro de 2024 – O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou nesta segunda-feira que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro tinham conhecimento de que o relatório sobre suposta fraude nas urnas eletrônicas apresentado em 2022 era falso. Segundo Dias, o documento, que afirmava a existência de inconsistências capazes de comprometer a integridade das eleições, foi considerado inconsistente desde o início pela equipe técnica do GSI.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro, Gonçalves Dias detalhou como o relatório, elaborado por um perito da Polícia Federal, foi analisado e refutado pela área técnica do GSI. Ele enfatizou que as conclusões do perito foram consideradas “inverídicas”, sem apresentar evidências robustas que comprovassem as alegações de fraude. A afirmação de que os equipamentos de votação apresentavam falhas capazes de gerar fraude foi categoricamente desmentida pelo então ministro.

Dias relatou que, apesar das inconsistências apontadas pela equipe técnica, o relatório foi levado ao conhecimento de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro. Ele não detalhou o contexto em que a informação chegou aos dois, mas sua afirmação implica em um conhecimento prévio da falsidade do documento por ambos os políticos. A revelação aumenta a pressão sobre Valdemar Costa Neto e Bolsonaro, que já são alvos de diversas investigações sobre seus atos e declarações relacionados às eleições de 2022.

A divulgação do depoimento de Gonçalves Dias ocorre em um momento de alta tensão política no Brasil. A CPI do 8 de Janeiro investiga os atos de vandalismo ocorridos em Brasília no início do ano, e a influência da disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral na motivação dos ataques. A afirmação sobre o conhecimento prévio da falsidade do relatório sobre as urnas pode levar a novas investigações e aprofundar as apurações em andamento.

A repercussão deste depoimento certamente irá gerar novos desdobramentos nas investigações em curso. A confirmação de que líderes políticos de peso tinham conhecimento da falsidade de um documento que alimentava narrativas de fraude eleitoral poderá ter consequências significativas para o cenário político brasileiro. A CPI do 8 de Janeiro seguirá os trabalhos para apurar todas as responsabilidades relacionadas aos eventos ocorridos em Brasília.

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