Vaca fertilizada in vitro na Escócia emite menos metano
Edimburgo, Escócia – 19 de janeiro de 2025 – Um estudo conduzido na Escócia revelou que vacas fertilizadas in vitro (FIV) emitem menos metano do que suas contrapartes concebidas naturalmente. A pesquisa, publicada pela equipe da Universidade de Edimburgo, sugere um potencial significativo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa da pecuária, um setor significativamente contribuinte para as mudanças climáticas.
O estudo, liderado pelo professor David Gardner, comparou as emissões de metano de 21 vacas originárias de fertilização in vitro com as emissões de um grupo controle de 21 vacas concebidas naturalmente. Os resultados mostraram uma redução de 10% nas emissões de metano nas vacas produzidas por FIV, em comparação com o grupo controle. Essa redução, embora aparentemente pequena, representa um passo importante considerando a escala da pecuária global e seu impacto ambiental.
A pesquisa destaca a importância de se explorar métodos inovadores para reduzir a pegada de carbono da produção de carne bovina. O metano, um potente gás de efeito estufa, é emitido pelas vacas principalmente através da sua digestão. A redução observada nas emissões de metano das vacas FIV pode ser atribuída a vários fatores, ainda em estudo pela equipe, que planejam aprofundar a pesquisa para entender melhor os mecanismos biológicos por trás dessa redução. A equipe também pretende investigar se outras técnicas de reprodução assistida podem gerar resultados similares.
O professor Gardner ressaltou a necessidade de mais pesquisas para confirmar esses resultados em larga escala e explorar a viabilidade da aplicação generalizada da FIV na produção de gado. No entanto, os resultados iniciais são promissores e fornecem uma base sólida para futuros desenvolvimentos no setor, apontando para um caminho potencialmente sustentável na produção de carne bovina. A busca por soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa da pecuária é crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, e este estudo contribui significativamente para essa busca. A equipe de Edimburgo espera que seus achados inspirem novas pesquisas e colaborações para reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos.