Usuários processam LinkedIn por divulgar dados privados para treinar IA
– Uma ação coletiva foi movida contra o LinkedIn, acusando a plataforma profissional de violar a privacidade de seus usuários ao utilizar seus dados pessoais para treinar modelos de inteligência artificial (IA). A denúncia, apresentada em um tribunal federal de São Francisco, alega que o LinkedIn coletou e usou informações privadas de seus membros sem o consentimento explícito, alimentando com esses dados sistemas de IA, incluindo o próprio sistema de busca da plataforma.
De acordo com a ação, o LinkedIn teria violado leis de privacidade ao coletar dados como histórico profissional, conexões, mensagens e até mesmo informações de perfil público, sem obter um consentimento informado e explícito dos usuários. A prática, segundo os advogados dos autores da ação, constitui uma violação da confiança depositada pelos usuários na plataforma. A demanda busca indenizações financeiras para os membros afetados e também a implementação de medidas que impeçam a prática no futuro.
A ação coletiva argumenta que o LinkedIn lucra com o uso indevido dessas informações privadas. O processo afirma que a utilização dos dados para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de algoritmos de IA melhora a performance dos serviços da plataforma, gerando lucros adicionais para a empresa. A falta de transparência e o uso não autorizado de dados sensíveis são os principais pontos de contestação.
A denúncia cita a natureza sensível das informações coletadas, incluindo detalhes sobre a carreira, habilidades e conexões profissionais dos usuários. A alegação é que a empresa se aproveitou de sua posição dominante no mercado para coletar e usar esses dados sem o consentimento adequado. Os advogados que representam os usuários buscam uma decisão judicial que obrigue o LinkedIn a rever suas práticas de coleta e uso de dados e a compensar os usuários afetados.
Apesar das alegações sérias, o LinkedIn ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ação coletiva. A empresa, de propriedade da Microsoft, não comentou a respeito da demanda e sobre o uso de dados dos usuários para treinamento de IA. A repercussão do processo, no entanto, pode gerar impactos significativos para o futuro do uso de dados pessoais no treinamento de modelos de inteligência artificial, abrindo um precedente importante para outras plataformas digitais. Acompanharemos os próximos desdobramentos deste caso e traremos atualizações conforme novas informações surgirem.