Um ano depois de chacina contra mãe e filhas em MT, réu confesso não tem data para julgamento: ‘justiça lenta’, diz família
Um ano após chacina em Mato Grosso, réu confesso ainda aguarda julgamento
Cuiabá, 24 de novembro de 2024 – Sete anos após o crime e um ano depois da trágica chacina que vitimou uma mãe e suas duas filhas em Cuiabá, Mato Grosso, o réu confesso, Gean Carlos de Oliveira, permanece sem data para o julgamento. A lentidão da Justiça tem gerado indignação na família das vítimas, que clama por justiça e celeridade no processo. O crime brutal, ocorrido em novembro de 2017, chocou a população mato-grossense e reacendeu o debate sobre a morosidade do sistema judiciário.
O caso se refere ao assassinato de Solange de Oliveira, de 47 anos, e suas duas filhas, Brenda, de 15 anos, e Kamilly, de 12 anos. Os corpos foram encontrados em sua residência, na região do bairro CPA, com sinais de violência. Gean Carlos de Oliveira confessou o crime à polícia, alegando motivos passionais, segundo informações do processo. Apesar da confissão, o andamento do processo se arrasta há anos, aumentando a dor e a frustração da família, que busca o fechamento do ciclo da tragédia.
A demora na definição da data do julgamento tem sido atribuída a diversos fatores inerentes ao sistema judiciário. A complexidade do processo, a necessidade de perícias e a grande quantidade de processos em andamento na justiça mato-grossense contribuem para a lentidão. A família das vítimas se sente desamparada diante da demora, afirmando que a justiça lenta revitimiza a todos.
“Já se passou um ano da chacina e nada de justiça. É como se a dor não importasse. A gente luta por justiça, mas o sistema nos falha”, desabafa um familiar, que preferiu não se identificar. A falta de agilidade do sistema judicial é um problema crônico no Brasil, e este caso é mais um exemplo da luta pela justiça que muitas famílias enfrentam.
A falta de previsibilidade em relação ao julgamento mantém a família das vítimas em um estado de angústia constante. A expectativa pela sentença é crucial para que possam, de alguma forma, iniciar o processo de luto e encontrar um mínimo de paz. Enquanto isso, a memória da chacina segue viva, alimentando a luta incansável da família pela justiça. A espera prolongada serve como um alerta para a necessidade de aprimoramentos e investimentos no sistema judiciário brasileiro, visando garantir a celeridade e a eficácia na resolução dos casos.