UFR sai do Sisu e terá sistema de seleção próprio após MEC excluir bonificação de 15% na nota do Enem
Porto Velho, 27 de dezembro de 2024 – A Universidade Federal de Rondônia (UFR) anunciou nesta sexta-feira que deixará de utilizar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o ingresso de seus alunos a partir de 2025. A decisão foi tomada em resposta à exclusão da bonificação de 15% na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo Ministério da Educação (MEC). A instituição alegou que a medida inviabiliza o seu processo seletivo e prejudica a equidade no acesso ao ensino superior.
A UFR utilizava a bonificação de 15% na nota do Enem como um critério fundamental em seu processo seletivo, visando contemplar estudantes de escolas públicas e promover a inclusão social. Com a retirada dessa bonificação pelo MEC, a universidade argumenta que a competição se tornaria mais desigual, favorecendo candidatos de escolas privadas com maior acesso a recursos e preparação específica para o exame. A instituição ressaltou que a decisão foi tomada após cuidadosa análise e debate interno, buscando garantir a melhor forma de selecionar seus futuros alunos.
A reitoria da UFR ainda não detalhou como será o novo sistema de seleção próprio, mas afirmou que o processo será transparente e buscará contemplar os princípios de equidade e mérito. A universidade promete divulgar em breve mais informações sobre o novo método de seleção, incluindo critérios, cronogramas e editais. A expectativa é que o novo sistema seja implementado para o processo seletivo de 2025, garantindo o ingresso de estudantes em todos os seus cursos de graduação.
A decisão da UFR representa um impacto significativo no cenário de acesso ao ensino superior em Rondônia, uma vez que a universidade é uma das principais instituições de ensino superior do estado. A exclusão da bonificação de 15% no Enem, aplicada pelo MEC, tem gerado debates e críticas de diversas instituições de ensino superior em todo o país, que questionam os impactos da medida na democratização do acesso ao ensino superior público. A UFR, ao optar por um sistema próprio, se posiciona como uma das primeiras instituições a adotar essa medida como resposta direta à decisão do Ministério da Educação.