Uber é condenada a pagar R$ 15 mil a passageira vítima de intolerância religiosa de motorista no PR: ‘Macumbeiro não anda no meu carro’



Uber condenada a indenizar passageira vítima de intolerância religiosa no Paraná

Curitiba, 23 de janeiro de 2025 – A Justiça do Paraná condenou a Uber a indenizar uma passageira vítima de intolerância religiosa durante uma corrida em Curitiba. A decisão, proferida nesta quarta-feira, determina que a empresa pague R$ 5 mil de indenização por danos morais à mulher, que teve seu véu islâmico puxado pelo motorista durante o trajeto.

O caso ocorreu em 2023, quando a passageira, cuja identidade não foi revelada pela reportagem, solicitou um carro por meio do aplicativo da Uber. Durante a viagem, o motorista, que também não teve seu nome divulgado, passou a fazer comentários ofensivos sobre o véu, culminando com o ato de puxá-lo. A passageira registrou uma reclamação junto à empresa, que, após análise, bloqueou o acesso do motorista à plataforma.

Apesar da medida tomada pela Uber, a passageira moveu uma ação judicial buscando reparação pelos danos morais sofridos. A sentença judicial considerou a omissão da Uber como contribuinte para a situação, argumentando que a empresa tem o dever de garantir a segurança e o respeito aos seus usuários. A decisão aponta falhas na prevenção e na resposta a atos de intolerância religiosa dentro do seu serviço, reforçando a responsabilidade da plataforma na manutenção de um ambiente seguro para todos.

A Justiça ressaltou a gravidade do ato, classificando-o como intolerância religiosa e discriminação, e considerou que o sofrimento da passageira ultrapassou os limites de um simples aborrecimento, justificando a indenização. A Uber poderá recorrer da decisão. O valor da indenização, R$ 5 mil, visa compensar a passageira pelos danos morais sofridos em virtude do incidente.

A decisão judicial serve como um precedente importante, destacando a responsabilidade das empresas de transporte por aplicativo na prevenção e no combate à discriminação e à violência contra seus usuários. O caso reforça a necessidade de políticas mais eficazes de segurança e combate à intolerância por parte das plataformas digitais, buscando garantir um ambiente de respeito e igualdade para todos os seus usuários.

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