Trump vai taxar mais o Brasil? Ameaça tarifária é estratégia antiga para favorecer os EUA; entenda
Nova York, 18 de dezembro de 2024 – O pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil com novas tarifas sobre produtos brasileiros, reacendendo temores sobre uma possível escalada protecionista na maior economia do mundo. A estratégia, já utilizada por Trump durante seu primeiro mandato, visa favorecer a indústria americana em detrimento de concorrentes internacionais. Desta vez, a ameaça não é vaga: Trump promete aumentar as tarifas atualmente aplicadas a produtos brasileiros, sem especificar quais ou em qual percentual.
A declaração de Trump, feita em um comício em Nova York, foi recebida com preocupação por analistas econômicos, que temem um impacto negativo nas exportações brasileiras para os Estados Unidos. Embora o ex-presidente não tenha especificado os produtos ou a magnitude das novas tarifas, a simples ameaça já gera instabilidade no mercado. A estratégia de Trump se baseia em uma visão protecionista da economia, buscando proteger a indústria americana da concorrência estrangeira através da imposição de barreiras tarifárias.
A ameaça de Trump remete às políticas protecionistas adotadas durante sua gestão anterior (2017-2021). Na época, diversas nações, incluindo o Brasil, foram alvo de tarifas punitivas, gerando tensões comerciais e diplomáticas. A incerteza quanto à postura comercial de uma eventual administração Trump voltou a pesar sobre os mercados, especialmente considerando o atual cenário econômico global.
A declaração gerou diversas reações. O Ministério da Economia brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas ameaças. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de o Brasil se preparar para possíveis impactos negativos em seus setores exportadores. A depender da escala das tarifas impostas, se Trump vencer as eleições, setores como o agrícola e o industrial poderiam sofrer perdas significativas.
A ameaça de Trump ressalta a fragilidade do cenário comercial internacional e a incerteza que persiste em relação às políticas econômicas de um eventual retorno do ex-presidente ao poder. O impacto final das ameaças tarifárias dependerá da concretização das promessas de campanha e da reação do governo brasileiro, que precisará avaliar suas estratégias para mitigar possíveis prejuízos. A situação exige acompanhamento constante e demonstra a importância da diversificação das exportações brasileiras para reduzir a dependência do mercado americano.