Trump reativa o programa ‘Fique no México’ em seu 2º dia de mandato
Washington, 21 de janeiro de 2021 – Em seu segundo dia de volta à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump reativou o polêmico programa “Fique no México”, também conhecido como Protocolos de Proteção a Migrantes (MPP). A medida, anunciada sem alarde, marca um retorno às políticas de imigração restritivas da administração Trump e contraria a abordagem mais moderada adotada pela gestão Biden. A decisão foi divulgada apenas por meio de um comunicado oficial, sem maiores explicações ou justificativas.
O programa MPP, implementado em 2019, obrigava solicitantes de asilo a aguardarem seus processos legais no México, em condições frequentemente precárias e inseguras. A administração Biden suspendeu o programa em fevereiro de 2021, argumentando que ele violava os direitos humanos e era ineficaz na resolução do problema da imigração. Estimativas sugerem que mais de 70.000 migrantes foram obrigados a esperar no México sob o programa original. A decisão de Trump de reativá-lo, sem consulta ao Congresso, gera preocupações sobre a legalidade da medida e o impacto humanitário sobre os solicitantes de asilo.
A Casa Branca não forneceu detalhes sobre como a reativação do MPP será implementada, nem sobre quais modificações, caso existam, serão aplicadas em comparação com a versão anterior. A falta de transparência e a velocidade da decisão geram incertezas tanto para os migrantes quanto para as organizações que trabalham com refugiados. A medida também é vista como um claro desafio à atual administração Biden, exacerbando as tensões já existentes entre os dois lados do espectro político.
A reativação do “Fique no México” representa um retrocesso significativo na política de imigração norte-americana, levantando questões sobre os rumos da política migratória e o futuro dos solicitantes de asilo que buscam proteção nos Estados Unidos. Analistas políticos preveem uma batalha legal iminente e uma intensificação do debate sobre imigração no país. A ausência de detalhes e a falta de uma justificativa formal para a decisão tornam difícil prever as consequências a curto e longo prazo dessa medida polêmica.