Trump manda retirar sigilo de arquivos sobre assassinatos de JFK e Luther King



Washington, 21 de outubro de 2021 – O ex-presidente americano Donald Trump autorizou a liberação de milhares de documentos secretos relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy e Martin Luther King Jr., cumprindo parcialmente uma lei de 1992 que estabelecia um prazo para a divulgação desses arquivos. Apesar da decisão, uma parte considerável dos documentos permanece sob sigilo, levantando questionamentos sobre a transparência do processo e a completa elucidação dos dois crimes que marcaram a história dos Estados Unidos.

A lei de 1992, conhecida como John F. Kennedy Assassination Records Collection Act, determinava a divulgação completa dos arquivos até o dia 26 de outubro de 2017. No entanto, a administração Trump optou por adiar a liberação em diversas ocasiões, argumentando que a divulgação total poderia comprometer a segurança nacional. A decisão anunciada nesta quarta-feira, 21 de outubro de 2021, representou um passo, ainda que parcial, para atender às exigências da lei.

O conteúdo liberado inclui uma grande quantidade de documentos da CIA, do FBI e de outras agências governamentais. Embora o número exato de documentos divulgados não tenha sido especificado, a Casa Branca afirmou que a liberação abrange uma quantidade significativa de material previamente confidencial. A grande maioria do material foi liberada, mas ainda resta um volume considerável de documentos que permanecem sob sigilo. A justificativa para manter parte dos documentos secretos se baseia na alegação de que sua divulgação poderia afetar a segurança nacional, as atividades de inteligência e as relações exteriores dos EUA.

A liberação destes arquivos, mesmo que incompleta, reacendeu o debate sobre as circunstâncias que envolveram os assassinatos de Kennedy e King. O assassinato de Kennedy, em 1963, em Dallas, Texas, gerou décadas de especulações e teorias da conspiração. Já o assassinato de King, em 1968, em Memphis, Tennessee, também foi alvo de diversas investigações e debates sobre os possíveis motivos e participantes. A disponibilidade de novos documentos poderá impulsionar novas investigações e análises, contribuindo para uma compreensão mais completa desses eventos históricos.

A decisão de Trump, embora aplaudida por alguns que defendem a transparência governamental, também foi criticada por aqueles que acreditam que a liberação parcial dos documentos foi insuficiente e que o governo ainda esconde informações cruciais sobre os dois assassinatos. O debate sobre a liberação total dos arquivos certamente continuará, com defensores da transparência pressionando por acesso total à informação e o governo alegando preocupações com a segurança nacional. O impacto da liberação parcial desses documentos no conhecimento público e nas investigações futuras ainda está por ser visto.

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