Trump e Kamala fazem da eleição um referendo sobre o adversário
Trump e Kamala Harris: a eleição americana se torna um referendo pessoal
A corrida presidencial americana de 2024 parece ter se transformado em um embate pessoal entre Donald Trump e Kamala Harris. Em vez de focar em propostas e políticas, as campanhas estão investindo em ataques diretos ao adversário, transformando o pleito em um referendo sobre a personalidade e o passado de cada candidato.
De acordo com uma pesquisa recente do Pew Research Center, 62% dos americanos acreditam que a eleição se resume a uma escolha entre dois candidatos indesejáveis. A polarização é evidente, com 90% dos eleitores republicanos declarando que votarão em Trump, enquanto 87% dos democratas afirmam que votarão em Harris.
A estratégia de Trump é atacar a experiência e a capacidade de Harris de liderar o país. Ele a acusa de ser inexperiente, de ter um histórico de decisões políticas erradas e de ser “fraca” para lidar com crises internacionais. Já Harris concentra seus ataques na personalidade e no legado de Trump, acusando-o de ser “um perigo para a democracia” e de ter um histórico de decisões políticas que prejudicaram o país.
“Esta eleição não é sobre políticas, é sobre o caráter e a integridade de cada candidato”, disse um analista político de Washington, que pediu para não ser identificado. “O público está dividido, e a campanha de ambos os lados está explorando essa divisão para mobilizar seus eleitores.”
O discurso de Trump, marcado por ataques inflamados e declarações polêmicas, tem conseguido mobilizar sua base de apoiadores, enquanto a campanha de Harris tenta se apresentar como a opção pragmática e moderada.
A estratégia de ambos os candidatos parece estar dando certo, com pesquisas mostrando que a corrida está apertada. Resta saber se essa abordagem pessoal, marcada por ataques e negatividade, será suficiente para mobilizar o eleitorado e garantir a vitória em novembro.