Trump diz que vai taxar em 25% produtos do México e Canadá; tarifa da China será de 10%



Washington, 17 de maio de 2023 – O ex-presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (17) que pretende impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá caso retorne à Casa Branca. A declaração, feita durante um comício em Washington, representa uma escalada significativa em sua retórica protecionista e sinaliza uma postura ainda mais agressiva em relação às relações comerciais internacionais do que a já adotada durante seu mandato anterior.

Além das ameaças aos vizinhos norte-americanos, Trump também confirmou que pretende aumentar as tarifas sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos. Segundo ele, a alíquota sobre esses bens será de 10%. Embora não tenha especificado quais produtos mexicanos, canadenses e chineses seriam afetados pelas novas tarifas, a declaração causou imediato impacto nos mercados financeiros globais, gerando incerteza e preocupação entre investidores.

A ameaça de Trump se configura como uma reviravolta significativa em sua política comercial. Apesar de ter imposto tarifas elevadas sobre produtos chineses durante seu primeiro mandato, a perspectiva de taxar os parceiros comerciais do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), agora substituído pelo USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá), representa um novo nível de agressividade comercial.

Analistas políticos apontam que essas declarações fazem parte da estratégia de Trump para se apresentar como um defensor da indústria americana e para atrair o apoio de eleitores que se sentem prejudicados pela globalização. A viabilidade dessas medidas, porém, é questionada, considerando as complexas relações comerciais e os potenciais impactos negativos sobre a economia americana. As declarações foram recebidas com reservas por especialistas econômicos, que alertam para o risco de represálias por parte dos países afetados e para o potencial de aumento da inflação nos Estados Unidos.

A declaração de Trump, portanto, coloca em xeque a estabilidade do cenário comercial internacional e levanta questionamentos sobre o futuro das relações comerciais entre os Estados Unidos, México, Canadá e China, caso ele venha a ser eleito novamente em 2024. A magnitude das potenciais consequências econômicas dessa decisão torna-se um fator crucial para a análise da política externa e interna dos EUA nos próximos meses.

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