Trump assina decreto para tirar EUA da Organização Mundial da Saúde



– Em uma decisão que repercute globalmente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (6) um decreto formalizando a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida, anunciada em maio, se concretiza após meses de críticas contundentes de Trump à gestão da pandemia de coronavírus pela organização internacional.

O decreto, segundo informações oficiais da Casa Branca, entrará em vigor em 6 de julho de 2021, um ano após a notificação formal à OMS. Essa decisão, justificada por Trump como uma tentativa de proteger os interesses americanos e reformular o relacionamento dos EUA com a OMS, gera preocupações em relação ao combate global à pandemia e à cooperação internacional em saúde pública.

Trump acusa a OMS de ser excessivamente influenciada pela China e de ter falhado em alertar o mundo de forma suficientemente rápida e eficaz sobre a gravidade do surto de COVID-19, que se originou em Wuhan. Ele também critica a OMS por suas recomendações sobre o uso de máscaras e outros equipamentos de proteção individual, afirmando que estas foram inconsistentes e ineficazes. A contribuição financeira dos EUA para a OMS representa 15% do orçamento total da organização. A retirada americana representa um golpe significativo para os cofres da OMS, que já enfrenta desafios em seu financiamento.

A decisão de Trump foi amplamente criticada por especialistas em saúde pública, que argumentam que a saída dos EUA enfraquece a resposta global à pandemia e compromete a capacidade de combater futuras crises de saúde. Organizações internacionais e líderes globais manifestaram sua preocupação com a medida, destacando a importância da cooperação internacional para enfrentar desafios de saúde pública em escala global. A OMS, por sua vez, declarou que lamenta a decisão, mas permanece comprometida com seu mandato de proteger a saúde global.

Embora a decisão de Trump seja irreversível no curto prazo, o impacto a longo prazo permanece incerto. As futuras administrações americanas poderão reverter a saída, ou a própria dinâmica geopolítica pode moldar um novo cenário para a relação entre os EUA e a OMS. Independente do futuro, a retirada americana marca um momento significativo na história da organização e levanta questionamentos sobre o papel dos Estados Unidos na cooperação internacional em saúde pública.

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