Trump anuncia tarifas à Colômbia após país negar receber voos com imigrantes deportados
Washington, 26 jan. 2025 – O ex-presidente americano Donald Trump ameaçou impor sanções à Colômbia caso o país não freie o que ele chamou de “fluxo desenfreado” de imigrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos. Em uma publicação nas redes sociais neste sábado, Trump acusou o governo colombiano de permitir que um número excessivo de venezuelanos, muitos deles com antecedentes criminais, retornassem ao país após serem deportados dos EUA. A declaração surge em meio a crescente tensão entre os dois países sobre a questão da imigração.
Segundo Trump, a Colômbia tem recebido um número “inaceitável” de deportados venezuelanos, sem especificar um número concreto. Ele alegou que essa política colombiana está sobrecarregando o sistema colombiano e contribuindo para a insegurança no país. A ameaça de sanções, sem detalhamento de quais seriam, configura um aumento significativo na retórica anti-imigração característica do ex-presidente. Não houve, até o momento, resposta oficial do governo colombiano à declaração de Trump.
A publicação de Trump ressalta a complexidade da crise migratória na região e a crescente preocupação dos Estados Unidos com o fluxo de imigrantes venezuelanos. A administração Biden tem enfrentado pressões para controlar a imigração ilegal na fronteira sul dos EUA, e a questão se tornou um ponto central no debate político americano. A postura de Trump, contudo, representa uma escalada na pressão sobre Bogotá, que tem acolhido um número significativo de refugiados venezuelanos nos últimos anos. A Colômbia, com uma população de aproximadamente 51 milhões de habitantes, abriu suas portas a milhões de venezuelanos que fugiram da crise econômica e política em seu país.
Resta saber como o governo colombiano irá responder à ameaça de sanções de Trump e se esta declaração terá algum impacto concreto nas políticas de imigração do país. A situação permanece tensa e exige atenção, considerando as potenciais implicações para as relações entre os Estados Unidos e a Colômbia. O desenvolvimento da situação será acompanhado de perto pelos observadores internacionais.