Tribunal dos EUA confirma condenação de US$ 5 milhões contra Trump por abuso sexual
Nova York, 17 de novembro de 2023 – Um tribunal de apelações de Nova York confirmou, nesta quinta-feira (16), a condenação de US$ 5 milhões contra o ex-presidente Donald Trump por abuso sexual. A decisão mantém a sentença original, proferida em 2022, que o considerou culpado de agressão e difamação contra a colunista E. Jean Carroll.
A sentença, de US$ 5 milhões, foi dividida em US$ 2 milhões por difamação e US$ 3 milhões por agressão sexual. O processo se originou de uma queixa de Carroll, que acusou Trump de estuprá-la em um vestiário de uma loja de departamento de luxo em Nova York na década de 1990. Trump negou veementemente as acusações, classificando-as como uma “farsa total” e alegando que nunca conheceu Carroll.
O tribunal de apelações rejeitou o apelo apresentado pela equipe jurídica de Trump, que argumentava que o julgamento não deveria ter acontecido e que a decisão do júri era equivocada. A decisão do tribunal reforça a condenação do ex-presidente por agressão e difamação, demonstrando que o sistema judicial considerou as evidências apresentadas por Carroll convincentes.
Apesar da confirmação da condenação, o processo judicial não se encerra. A equipe de Trump ainda tem a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal dos EUA. A decisão, no entanto, representa um revés significativo para o ex-presidente, fortalecendo as alegações de Carroll e estabelecendo um precedente importante para casos similares de abuso sexual e difamação.
A sentença de US$ 5 milhões contra Trump representa mais do que um valor monetário; ela simboliza uma responsabilização judicial frente a sérias alegações de agressão sexual e difamação, e reforça a necessidade de se levar a sério as vozes das vítimas em casos como este. A confirmação da decisão pelo tribunal de apelações sinaliza uma vitória para Carroll e pode ter implicações significativas em futuros casos com denúncias semelhantes. O caminho legal ainda pode ter novos capítulos, mas a decisão desta quinta-feira representa um ponto crucial na batalha jurídica entre E. Jean Carroll e Donald Trump.