Tribunal de apelações da Argentina confirma condenação de ex-presidente Cristina Kirchner por corrupção
Cristina Kirchner: Corte Argentina Mantém Condenação por Corrupção
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve sua condenação por corrupção confirmada nesta quarta-feira (13/11) pelo Tribunal Federal de Apelações de Buenos Aires. A decisão, unânime, mantém a pena de seis anos de prisão e inabilitação política por 13 anos.
A sentença original, proferida em dezembro de 2022, condenou Kirchner por liderar uma organização criminosa que desviou cerca de US$ 1 bilhão de recursos públicos entre 2008 e 2015, durante seu governo. O esquema, conhecido como “Obras Públicas”, envolvia a manipulação de contratos de construção na província de Santa Cruz, terra natal da ex-presidente.
O tribunal de apelações considerou que “a prova indiciária é suficiente para confirmar a culpabilidade da ex-presidente”. A corte também confirmou as condenações de outros 12 réus, incluindo Lázaro Báez, um empresário próximo a Kirchner que foi considerado o líder da organização criminosa.
Kirchner, que atualmente atua como senadora argentina, sempre negou as acusações, alegando que se trata de uma perseguição política. Ela anunciou que recorrerá da decisão ao Supremo Tribunal Argentino.
Apesar da confirmação da pena, a ex-presidente não deve ir para a prisão imediatamente. A defesa pode solicitar o adiamento da pena até o esgotamento de todos os recursos judiciais, o que pode levar anos.
A condenação de Kirchner, uma figura política de grande influência na Argentina, tem repercussão significativa no país. Seus seguidores protestam contra o que consideram uma “caça às bruxas” política, enquanto seus opositores celebram a decisão, considerando-a um passo importante na luta contra a corrupção.