Trabalhadores chineses resgatados em obra da BYD foram vítimas do tráfico internacional, diz MPT



Salvador, 26 de dezembro de 2024 – A situação de trabalhadores chineses resgatados em condições de trabalho precárias na Bahia ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (26). Representantes da montadora Caoa Chery e da construtora terceirizada envolvida no caso participaram de uma audiência com órgãos públicos para discutir as denúncias de exploração laboral. O encontro, que ocorreu no Ministério Público do Trabalho (MPT), buscou esclarecer os fatos e definir medidas para reparar os danos causados aos trabalhadores.

A audiência reuniu representantes do MPT, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), além de representantes da Caoa Chery e da construtora terceirizada, não nomeada na matéria. As investigações iniciadas pela PF após denúncias apontaram para diversas irregularidades, incluindo a retenção de passaportes dos trabalhadores, jornada de trabalho exaustiva e salários abaixo do mínimo legal. O número exato de trabalhadores envolvidos não foi divulgado na reportagem do G1.

De acordo com o MPT, a empresa terceirizada assumiu a responsabilidade pelos problemas encontrados, comprometendo-se a tomar as medidas necessárias para regularizar a situação dos trabalhadores e garantir o pagamento dos valores devidos, incluindo atrasados. Já a Caoa Chery, embora não diretamente responsável pelas irregularidades, se comprometeu a colaborar com as investigações e a fiscalizar suas contratadas, a fim de evitar novas ocorrências. A reportagem do G1 não detalha as medidas específicas tomadas pelas empresas para remediar a situação, nem o valor das dívidas trabalhistas a serem pagas.

A audiência representou um importante passo na busca por justiça para os trabalhadores chineses. Embora os detalhes sobre os acordos firmados não tenham sido divulgados publicamente na íntegra, a participação de todas as partes envolvidas demonstra a seriedade com que as autoridades estão tratando o caso. A fiscalização e a responsabilização das empresas envolvidas são cruciais para garantir que situações semelhantes não se repitam no futuro, protegendo os direitos dos trabalhadores e assegurando condições dignas de trabalho no estado. O acompanhamento das medidas adotadas pelas empresas e a efetivação do pagamento das verbas rescisórias aos trabalhadores serão pontos importantes para avaliar o sucesso das ações tomadas.

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