‘Todas as partes’ chegaram a consenso sobre acordo entre Mercosul e UE, diz chanceler do Uruguai
Montevidéu, 5 de dezembro de 2024 – Após anos de negociações complexas, todas as partes envolvidas chegaram a um consenso sobre o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, anunciou nesta quarta-feira o chanceler uruguaio, Francisco Bustillo. A declaração, feita após uma reunião ministerial em Bruxelas, põe fim a um longo processo marcado por impasses e divergências, abrindo caminho para um acordo que promete impulsionar o comércio e o desenvolvimento econômico entre os blocos.
Bustillo celebrou o resultado como um “sucesso histórico”, ressaltando que o acordo representa um “avanço significativo para a integração regional e global”. Embora detalhes específicos sobre os termos do acordo ainda não tenham sido divulgados oficialmente, o chanceler uruguaio destacou o esforço conjunto de todas as partes em superar obstáculos e encontrar um ponto de convergência. Ele não forneceu números específicos de redução tarifária ou percentuais de incremento no comércio, afirmando que esses detalhes seriam divulgados em breve.
A negociação entre Mercosul e União Europeia se estendeu por mais de duas décadas, enfrentando resistências de diversos setores. A complexidade do processo se devia às diferentes posições dos países membros de ambos os blocos, relacionados a questões de tarifas agrícolas, regulamentações sanitárias e proteção ambiental. A conclusão do acordo, portanto, representa um grande avanço diplomático e demonstra a capacidade de resolução de conflitos entre as partes envolvidas. A expectativa é que o acordo seja formalmente assinado nas próximas semanas, após a finalização de todos os documentos legais e procedimentos internos de cada país membro.
O próximo passo será a formalização jurídica do acordo, que, após ratificação pelos parlamentos nacionais, entrará em vigor. A assinatura e ratificação ainda se encontram em etapas iniciais, dependendo dos procedimentos internos de cada bloco. Espera-se que, uma vez em vigor, o acordo gere um significativo aumento do comércio bilateral, beneficiando tanto as empresas quanto os consumidores de ambas as regiões. O sucesso das negociações ressalta a importância da cooperação internacional e do diálogo como ferramentas para a resolução de conflitos complexos e o desenvolvimento econômico global.