Teste do pezinho: 15 municípios na Paraíba não possuem sala de coleta para o exame
João Pessoa, 28 de novembro de 2024 – Um levantamento preocupante revela a precariedade do acesso ao teste do pezinho em 15 municípios da Paraíba. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, esses locais não possuem salas de coleta adequadas para a realização do exame, essencial para a detecção precoce de doenças graves em recém-nascidos. A falta de infraestrutura compromete a saúde de bebês paraibanos e expõe a fragilidade do sistema de saúde em diversas regiões do estado.
O teste do pezinho, obrigatório por lei, permite identificar até 50 tipos de doenças em bebês logo após o nascimento. Entre elas, estão hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e anemia falciforme, condições que, se diagnosticadas tardiamente, podem causar danos irreversíveis à saúde da criança. A ausência de salas de coleta apropriadas dificulta a realização do exame, impondo barreiras significativas ao acesso à saúde e aumentando o risco de diagnósticos tardios.
A falta de estrutura adequada não se limita à ausência de salas. Os problemas vão além da infraestrutura física, incluindo a falta de equipamentos, insumos e profissionais capacitados para realizar os procedimentos com segurança e eficiência. A ausência de refrigeração adequada para o transporte e armazenamento das amostras também é uma preocupação, o que pode comprometer a qualidade dos resultados.
A reportagem do G1 não lista os 15 municípios que enfrentam essa problemática, mas destaca a gravidade da situação e a necessidade de investimentos urgentes para garantir o acesso igualitário ao teste do pezinho em todo o estado. A Secretaria de Saúde da Paraíba não foi encontrada para comentar o assunto.
A situação expõe a necessidade de ações imediatas por parte das autoridades para garantir que todos os recém-nascidos paraibanos tenham acesso a este exame fundamental para sua saúde. A falta de investimento em infraestrutura e recursos humanos compromete a qualidade do atendimento e coloca em risco a vida de bebês recém-nascidos. A expectativa é que as autoridades competentes tomem providências para solucionar esse problema e garantir o direito à saúde de todos.