Tenente-coronel suspeito de integrar plano golpista presta depoimento à PF



Tenente-coronel suspeito de integrar plano golpista presta depoimento à PF em Brasília

Brasília, 28 de novembro de 2024 – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira em Brasília. Cid é suspeito de integrar um plano golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. O depoimento, que durou cerca de três horas, faz parte das investigações da PF sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

A investigação apura a participação de Cid em um grupo de militares que planejava ações para questionar o resultado das eleições presidenciais de 2022. De acordo com a PF, o tenente-coronel teria atuado para articular ações que visavam a anulação do pleito e a instalação de um governo de exceção. As investigações apontam a existência de conversas e documentos que comprovam a participação de Cid no plano. Detalhes sobre o conteúdo do depoimento não foram divulgados pela Polícia Federal, que mantém sigilo sobre as informações para não prejudicar o andamento das investigações.

A PF já havia realizado buscas e apreensões na casa de Cid em maio deste ano, encontrando materiais que reforçam as suspeitas de sua participação no plano golpista. Entre os itens apreendidos estavam documentos e mensagens que demonstravam a articulação de estratégias para minar a legitimidade do processo eleitoral e a transição de governo. Cid também já havia sido preso preventivamente em maio, acusado de integrar organização criminosa e outros crimes.

A investigação sobre o plano golpista segue em andamento, com a PF analisando diversos elementos de prova coletados ao longo da apuração. O depoimento de Cid nesta quarta-feira é considerado um passo importante para o esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A expectativa é que novas informações sejam reveladas à medida que as investigações avançarem. A defesa de Mauro Cid ainda não se pronunciou oficialmente sobre o depoimento.

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