‘Temos adutoras do tempo do império’, diz Águas do Rio; a que se rompeu e causou morte de idosa tinha 75 anos
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2024 – Uma idosa de 75 anos morreu após o rompimento de uma adutora na Rua Assis Brasil, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (26). A tragédia expôs a precariedade da infraestrutura hídrica da cidade, com a Águas do Rio admitindo a existência de adutoras “do tempo do Império”.
De acordo com a concessionária, a adutora que se rompeu tinha 75 anos. A força da água atingiu a casa onde a vítima estava, causando o desabamento de parte da estrutura e resultando em sua morte. Equipes da Águas do Rio e do Corpo de Bombeiros foram acionadas ao local para controlar o vazamento e realizar os trabalhos de resgate. A concessionária afirma que o rompimento ocorreu em uma tubulação de 600 mm de diâmetro.
A Águas do Rio informou que já iniciou os trabalhos de reparo na adutora, mas não divulgou um prazo para a conclusão dos serviços. A empresa também confirmou que o abastecimento de água em alguns bairros da região foi afetado devido ao incidente. Embora não tenha sido possível estimar a extensão do impacto, a companhia se comprometeu em informar à população sobre a normalização do fornecimento de água.
A prefeitura do Rio de Janeiro se manifestou por meio de nota, expressando pesar pela morte da idosa e se colocando à disposição para auxiliar as investigações e as famílias afetadas. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) também esteve presente no local para auxiliar no controle do tráfego e na segurança da área afetada.
A tragédia levanta questionamentos sobre a manutenção da rede de distribuição de água na cidade e a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar novas ocorrências. A existência de adutoras tão antigas, segundo a própria Águas do Rio, indica um desafio substancial para garantir o fornecimento seguro e confiável de água à população carioca. A empresa não detalhou quantos outros trechos de tubulação com idade semelhante estão em operação na cidade. A investigação para apurar as causas do rompimento da adutora deverá apontar responsabilidades e fornecer subsídios para ações futuras voltadas à segurança hídrica da região.