Temor de militares de alta patente e entorno de Bolsonaro, agora, é com eventual delação de generais



Brasília, 28 de novembro de 2024 – A apreensão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro cresceu significativamente com a possibilidade iminente de generais do Exército prestarem depoimentos e, eventualmente, firmarem acordos de delação premiada na investigação dos atos golpistas de 8 de janeiro. A informação, que circula nos bastidores da política brasileira, aumenta a pressão sobre o ex-mandatário e seus apoiadores mais próximos.

Segundo apuração do blog da jornalista Andreia Sadi, do G1, a preocupação se intensificou nos últimos dias. A investigação sobre os eventos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília avança, e o foco agora se volta para a participação de militares de alta patente. A expectativa é que os depoimentos possam trazer novas informações cruciais sobre o planejamento e a execução dos atos golpistas.

O temor dos aliados de Bolsonaro se justifica pela possibilidade de que esses generais revelem detalhes sobre a participação de civis e militares na articulação dos ataques. A colaboração de militares com a Justiça poderia expor um nível de envolvimento institucional que até então permanecia em grande parte nas sombras. Apesar de não haver confirmação oficial de acordos fechados, a movimentação indica que a pressão sobre os militares investigados está aumentando.

A gravidade da situação reside no fato de que, caso ocorram delações, elas podem levar a novas denúncias e implicações para um número significativo de pessoas ligadas a Bolsonaro, abrangendo não apenas militares, mas também figuras políticas e civis. A estratégia da defesa do ex-presidente e de seus aliados, até então centrada em negar qualquer participação no planejamento ou execução dos atos, pode ser severamente afetada pela eventual colaboração de militares.

A conclusão do inquérito e as consequências das possíveis delações permanecem incertas. No entanto, o clima de apreensão entre os aliados de Bolsonaro é palpável, refletindo a dimensão potencialmente catastrófica de uma eventual quebra de silêncio por parte dos generais investigados. O desenrolar da investigação nos próximos dias e semanas será crucial para determinar o futuro político de diversos atores envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro.

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