Tatu e porco-espinho: animais silvestres são vistos em áreas urbanas de Porto Velho
Porto Velho, Rondônia – 18 de novembro de 2024 – A presença de animais silvestres em áreas urbanas de Porto Velho tem se tornado cada vez mais frequente, preocupando moradores e autoridades. Nos últimos meses, registros de tatus e porcos-espinhos em diferentes bairros da capital rondoniense têm chamado a atenção, levantando questões sobre a preservação ambiental e a segurança da população.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), o aumento na ocorrência de animais silvestres em áreas urbanas está diretamente relacionado à destruição de habitats naturais. A expansão imobiliária e a consequente redução de áreas verdes forçam esses animais a buscar alimento e abrigo em locais próximos aos centros urbanos. O CBMRO destaca que, embora a maioria dos animais apresente comportamento dócil, o contato com eles pode ser arriscado, tanto para os animais quanto para os humanos. Os porcos-espinhos, por exemplo, utilizam seus espinhos como mecanismo de defesa, podendo causar ferimentos graves em caso de ameaça.
O tenente-coronel BM, BM Araújo, do CBMRO, reforça a importância da conscientização da população. Ele alerta para a necessidade de evitar a alimentação dos animais e de manter distância segura ao avistar algum deles. A orientação é acionar os bombeiros através do 193, garantindo o resgate seguro do animal e a preservação da segurança dos moradores. O CBMRO atende as ocorrências e realiza o encaminhamento dos animais para locais apropriados, como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
A situação em Porto Velho reflete um problema crescente em diversas cidades brasileiras, demonstrando a urgência de políticas públicas eficazes para a preservação da fauna e a integração harmoniosa entre áreas urbanas e ambientes naturais. A combinação de educação ambiental com ações de planejamento urbano que priorizem a conservação de habitats são fundamentais para minimizar os conflitos entre humanos e animais silvestres e garantir a segurança de ambos. A solução para este problema passa pela conscientização da população e pela implementação de medidas que preservem o meio ambiente e garantam a coexistência pacífica entre homem e natureza.