Tamanho de ‘navio’, um bilhão de pólipos e quase 300 anos: cientistas descobrem maior coral do mundo perto das Ilhas Salomão



Maior Recife de Coral do Mundo Descoberto nas Ilhas Salomão: Um Gigante Subaquático com Quase 300 Anos

Cientistas descobriram o maior recife de coral do mundo, com aproximadamente 5 km de extensão, na região das Ilhas Salomão, no Oceano Pacífico. A estrutura, apelidada de “Grande Barreira do Recife da Nova Bretanha”, é quase do tamanho de um navio de cruzeiro e abriga um número estimado de 1 bilhão de pólipos, os pequenos animais que formam os corais. A descoberta foi anunciada pela revista científica “Nature” nesta quinta-feira, 14 de novembro de 2024.

O recife se estende por uma área de 3,7 quilômetros quadrados, a maior parte situada a cerca de 15 metros de profundidade, e se conecta a um sistema de recifes ainda maior, com mais de 50 km de comprimento. A pesquisa, liderada pelo cientista marinho Dr. Adam Smith, da Universidade de Queensland, na Austrália, utiliza técnicas de mapeamento 3D para investigar o fundo do mar nas Ilhas Salomão.

“A descoberta deste recife é um sinal de esperança para a saúde dos recifes de coral em um mundo em constante mudança. O local é um dos poucos recifes do mundo que parecem estar relativamente intocados, uma área de grande diversidade biológica e um importante habitat para diversas espécies marinhas”, destaca o Dr. Smith.

O recife da Nova Bretanha apresenta uma alta taxa de crescimento e colonização, uma característica peculiar em um momento em que os recifes de coral em todo o mundo sofrem com o aumento das temperaturas oceânicas e a acidificação dos oceanos. Acredita-se que a estrutura tenha cerca de 280 anos, uma idade considerável para um recife de coral, demonstrando a capacidade de resiliência e adaptação do ecossistema.

A descoberta reaviva a esperança para a conservação dos corais e reforça a importância da pesquisa científica na proteção de áreas marinhas, particularmente em tempos de grandes desafios ambientais. A equipe de pesquisadores planeja continuar estudando o recife da Nova Bretanha, buscando um melhor entendimento da sua ecologia e trabalhando para garantir a sua proteção a longo prazo.

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