Suspeitos de usar inteligência artificial para aplicar golpes exibiam vida de luxo nas redes; veja quem são
Trio ostentava luxo em redes sociais enquanto aplicava golpes com inteligência artificial, diz polícia
Brasília, 16 de janeiro de 2025 – Três suspeitos de usar inteligência artificial para aplicar golpes foram presos no Distrito Federal. A Polícia Civil do DF divulgou nesta quarta-feira a identidade dos indivíduos, que ostentavam um estilo de vida luxuoso nas redes sociais enquanto, segundo as investigações, enganavam vítimas por meio de um esquema sofisticado. O grupo utilizava a IA para criar perfis falsos e realizar transações fraudulentas, acumulando um patrimônio considerável.
Os presos foram identificados como Matheus Henrique Pereira de Almeida, Pedro Paulo da Silva e Luana Cristina da Silva. De acordo com a investigação, eles criavam perfis falsos em redes sociais utilizando inteligência artificial para gerar imagens e vídeos realistas, aumentando a credibilidade das suas abordagens fraudulentas. As vítimas eram contatadas por meio dessas plataformas, levadas a realizar transferências de dinheiro ou investimentos falsos, resultando em prejuízos financeiros significativos.
A Polícia Civil apreendeu durante as prisões computadores, celulares, veículos de luxo e uma quantia em dinheiro não divulgada. As investigações apontam que o grupo utilizava contas bancárias em nomes de “laranjas” para dificultar o rastreamento do dinheiro desviado. A operação, batizada de “DeepFake”, iniciou-se há seis meses, após diversas denúncias de vítimas. A polícia estima que o grupo tenha aplicado golpes que geraram prejuízos superiores a R$ 1 milhão.
A delegada responsável pelo caso, cujo nome não foi divulgado na matéria, destacou a complexidade da investigação, ressaltando a inovação tecnológica utilizada pelos criminosos. “Eles usavam a inteligência artificial para criar uma aparência de legitimidade que enganava as vítimas com extrema facilidade”, afirmou. A delegada também alertou sobre os riscos do uso indiscriminado das redes sociais e da necessidade de cautela ao se comunicar com perfis desconhecidos.
A investigação continua em andamento para identificar outras possíveis vítimas e desvendar a totalidade das operações fraudulentas do grupo. Os três suspeitos foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, e encontram-se à disposição da Justiça. A prisão e a apreensão dos bens representam um importante avanço na luta contra os crimes cibernéticos que utilizam a inteligência artificial.