Sul-coreanos protestam a favor e contra prisão de presidente afastado
– Milhares de sul-coreanos tomaram as ruas de Seul neste sábado para protestar contra a prisão do presidente afastado, Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático. A manifestação, que ocorreu em frente ao Tribunal Distrital Central de Seul, marca uma nova escalada na crise política que abala o país desde a prisão de Lee no dia 2 de janeiro.
O ex-presidente, que ocupava o cargo antes de seu afastamento e subsequente prisão, foi detido sob acusações de corrupção e abuso de poder, alegações que ele e seus apoiadores negam veementemente. As acusações se referem ao período em que Lee era governador da província de Gyeonggi. A procuradoria sul-coreana afirma possuir fortes evidências contra ele, incluindo depoimentos de testemunhas e registros financeiros. No entanto, a defesa argumenta que as acusações são politicamente motivadas, visando minar a influência do Partido Democrático.
A multidão, estimada em milhares de pessoas segundo a polícia, carregava cartazes com mensagens de apoio a Lee e críticas ao governo atual. Muitos gritavam palavras de ordem contra o que consideram uma perseguição política. A manifestação transcorreu em sua maior parte de forma pacífica, com a presença de um forte contingente policial para garantir a ordem. Não foram relatados incidentes graves.
O Partido Democrático, partido de Lee Jae-myung, divulgou uma nota oficial condenando a prisão como um “ataque à democracia” e prometeu continuar a lutar pela libertação do ex-presidente e pelo esclarecimento do que considera uma “injustiça”. A oposição está mobilizada para intensificar a pressão sobre o governo nas próximas semanas.
A prisão de Lee Jae-myung desencadeou uma intensa polarização política na Coreia do Sul, com o país dividido entre aqueles que defendem a justiça e a responsabilização dos líderes políticos e aqueles que acreditam que as acusações contra Lee são um abuso de poder. A situação permanece tensa, com o futuro político da nação pendente do desenrolar dos processos judiciais em curso. A incerteza política gerada pela prisão do ex-presidente ameaça a estabilidade econômica e social do país. Os próximos meses serão cruciais para definir o rumo da Coreia do Sul.