STF nega pedido de soltura a lobista alvo de operação por envolvimento em esquema de venda de sentenças em MT
STF nega liberdade a lobista acusada de envolvimento em esquema de venda de sentenças em Mato Grosso
Cuiabá, MT – 21 de novembro de 2024 – O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta quarta-feira (21), o pedido de soltura da lobista presa durante a Operação “Manuscrito”, que investiga um esquema de venda de sentenças em Mato Grosso. A decisão, que mantém a acusada detida, representa um revés para a defesa da lobista, que buscava a revogação da prisão preventiva decretada em etapas anteriores da investigação.
A Operação Manuscrito, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), desmantelou uma organização criminosa suspeita de manipular decisões judiciais em troca de vantagens financeiras. A lobista, cujo nome não foi divulgado na reportagem do G1, é apontada como uma peça fundamental nesse esquema, atuando como intermediária entre os agentes públicos corruptos e aqueles que buscavam influenciar os resultados de processos judiciais. As investigações apontam para o pagamento de propina para garantir decisões favoráveis em diferentes instâncias do Poder Judiciário.
O pedido de soltura da lobista argumentava a ausência de motivos para a manutenção de sua prisão preventiva, alegando que as medidas cautelares alternativas seriam suficientes para garantir o andamento do processo. No entanto, o STF entendeu que a gravidade dos crimes imputados, a complexidade da investigação e o risco de obstrução à justiça justificavam a permanência da prisão preventiva. A decisão do Supremo reforça a estratégia de combate à corrupção no âmbito do Judiciário mato-grossense.
A Operação Manuscrito continua em andamento, com investigações em curso para apurar a total extensão do esquema criminoso e identificar todos os envolvidos. A decisão do STF de manter a lobista presa demonstra a determinação das autoridades em levar à justiça aqueles que se utilizam de práticas ilegais para obter vantagens no sistema judicial. A sentença, que não teve seus detalhes divulgados na reportagem, reforça a importância da luta contra a corrupção e a impunidade no Estado de Mato Grosso.