Somente 30% das empresas pretender dar aumento real de salário em 2025
Apenas 30% das empresas planejam conceder aumento real de salário em 2025
– Um cenário de incertezas econômicas paira sobre os salários dos brasileiros em 2025. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que apenas 30% das empresas pretendem conceder aumento real nos salários de seus funcionários no próximo ano. A pesquisa, divulgada em agosto, indica um quadro preocupante para o poder aquisitivo da população, especialmente considerando o contexto inflacionário recente.
O estudo da CNI entrevistou 2.026 empresas de diversos portes e setores da economia brasileira. A esmagadora maioria, 70%, planeja conceder apenas reajustes que acompanhem a inflação, ou seja, aumentos nominais que não representam ganho real de renda para os trabalhadores. Isso significa que, mesmo com um aumento salarial, o poder de compra dos funcionários não terá crescimento, ficando sujeito à variação dos preços dos produtos e serviços.
A pesquisa destaca a preocupação das empresas com o cenário econômico futuro. A incerteza sobre os rumos da economia brasileira, combinada com a alta taxa de juros, pesa fortemente na decisão das empresas em relação aos investimentos em pessoal. A dificuldade em prever o futuro, portanto, impacta diretamente na capacidade das empresas de oferecerem aumentos salariais que superem a inflação.
Outro dado preocupante é a diferença entre os setores. A pesquisa não detalha quais setores pretendem conceder aumentos reais e quais não pretendem, deixando evidente a necessidade de estudos mais aprofundados para entender a disparidade. A falta dessa segmentação dificulta a compreensão das nuances do mercado de trabalho e a identificação das áreas mais afetadas pela falta de reajustes reais.
A pesquisa da CNI serve como um alerta sobre as perspectivas salariais para 2025. A previsão de apenas 30% das empresas concederem aumentos reais sinaliza a necessidade de políticas públicas que promovam o crescimento econômico sustentável e a geração de empregos com salários dignos. A situação demanda atenção por parte do governo e das entidades representativas dos trabalhadores para garantir a preservação do poder aquisitivo da população brasileira. O futuro econômico do país está intrinsecamente ligado à capacidade de garantir salários que permitam uma vida digna aos trabalhadores.