Sobrevivente de acidente na BR-153 diz que tentou ajudar amiga e está traumatizada: ‘Medo de voltar para casa’
Sobrevivente de acidente na BR-153 em Tocantins relata trauma e medo de voltar para casa
– A jovem Maria Eduarda, de 23 anos, sobrevivente de um grave acidente na BR-153, na última terça-feira (5), em Tocantins, conta que tentou desesperadamente ajudar sua amiga, Ana Clara, que estava presa nas ferragens do veículo. A colisão, que envolveu um carro e um caminhão, deixou Ana Clara morta e causou ferimentos graves em Maria Eduarda. A jovem relata trauma profundo e medo de voltar para casa, onde a espera a lembrança do acidente e a dor da perda da amiga.
O acidente aconteceu por volta das 17h, próximo ao município de na BR-153. Maria Eduarda, que dirigia o carro, conta que perdeu o controle do veículo após um pneu furar. A jovem, em estado de choque, descreve o momento do acidente: “Foi tudo muito rápido. Senti o carro balançando, perdi o controle da direção e o carro bateu no caminhão. Lembro de ter gritado, de ter tentado tirar a Ana do carro, mas ela estava presa. Era desesperador”.
Após o impacto, o carro ficou completamente destruído. Maria Eduarda, apesar de ferida, conseguiu sair do veículo. No entanto, Ana Clara ficou presa nas ferragens e morreu no local.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a ocorrência, mas Ana Clara já estava sem vida quando a equipe chegou. Maria Eduarda foi socorrida e encaminhada ao Hospital Geral de Palmas, onde recebeu atendimento médico. A jovem teve múltiplas fraturas, além de lesões no rosto e cortes profundos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) investiga as causas do acidente. A perícia no local constatou que o pneu do carro de Maria Eduarda apresentava um furo, mas ainda não se sabe se essa foi a causa da colisão.
Maria Eduarda, ainda em recuperação no hospital, diz estar traumatizada com o acidente: “Tenho pesadelos, acordo assustada. Não quero voltar para casa, tenho medo de lembrar de tudo o que aconteceu, de ver o lugar onde a Ana morreu. É muito difícil”.
A jovem ainda não sabe quando terá alta médica e como irá lidar com o trauma do acidente. O apoio da família e dos amigos é fundamental nesse momento difícil, mas a dor da perda da amiga continua a ser uma ferida aberta em seu coração.