Sob Trump, EUA notificam a ONU sobre intenção de se retirar do Acordo de Paris



Brasília, 4 de novembro de 2019 – Em um movimento que repercute globalmente, os Estados Unidos, sob a administração Trump, notificaram formalmente a Organização das Nações Unidas (ONU) de sua intenção de se retirar do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. A notificação, entregue nesta segunda-feira, inicia um processo de um ano que culminará na saída oficial do país do pacto ambiental em 4 de novembro de 2020, um dia após as eleições presidenciais americanas.

A decisão, anunciada pelo presidente Donald Trump em 2017, foi amplamente criticada pela comunidade internacional. O Acordo de Paris, assinado em 2015, estabelece um compromisso global para limitar o aumento da temperatura média do planeta a bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, perseguindo esforços para limitar o aumento a 1,5°C. A saída americana enfraquece significativamente os esforços coletivos para combater as mudanças climáticas, uma vez que os EUA são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás apenas da China.

A notificação formal enviada à ONU pela Secretaria de Estado americana representa um passo concreto na execução da decisão de Trump. O processo de retirada, previsto no próprio Acordo de Paris, prevê um período de um ano a partir da data da notificação. Durante esse período, o governo americano pode rever sua posição, embora as declarações do presidente Trump indiquem pouca probabilidade de uma mudança de rumo. A administração Trump argumentou que o Acordo de Paris impõe um peso econômico desnecessário aos Estados Unidos, prejudicando a competitividade do país.

Diversos especialistas e organizações ambientais internacionais manifestaram sua preocupação com a saída americana do Acordo. A decisão é vista como um retrocesso significativo na luta contra as mudanças climáticas, ameaçando os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das alterações climáticas. A comunidade internacional aguarda agora os desdobramentos da saída americana e os impactos que esta decisão terá nas negociações futuras sobre o clima. Resta saber como a próxima administração americana irá se posicionar em relação ao Acordo de Paris após as eleições de 2020.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *