Sob Tarcísio, SP registra alta de 65% nas mortes provocadas pela PM em 2024



São Paulo, 18 de julho de 2024 – O estado de São Paulo registrou um aumento alarmante de 65% nas mortes provocadas por policiais militares no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista, levantam preocupações sobre a letalidade da atuação policial sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas.

De acordo com os números oficiais, 411 pessoas foram mortas em confronto com a PM nos primeiros seis meses deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 249 óbitos. Essa disparada significativa representa um preocupante crescimento da violência policial no estado, quebrando a tendência de queda observada em anos anteriores. A SSP atribui o aumento à intensificação do combate ao crime, justificativa que, no entanto, não minimiza o impacto da alta no número de mortes.

A reportagem da CartaCapital teve acesso a esses dados e destaca a falta de transparência em torno das circunstâncias das mortes. A ausência de informações detalhadas sobre os casos dificulta a avaliação da proporcionalidade do uso da força letal pelos policiais militares. A organização da sociedade civil, Observatório da Segurança Pública, já se manifestou, alertando para a necessidade de investigações independentes e rigorosas para apurar cada um dos casos e responsabilizar os agentes envolvidos em eventuais excessos.

A alta significativa também preocupa especialistas em segurança pública, que apontam para a necessidade de revisão das políticas e protocolos de atuação policial. A priorização de abordagens menos letais e a implementação de mecanismos efetivos de controle interno são medidas apontadas como cruciais para reduzir a letalidade policial e garantir a proteção dos direitos humanos.

O aumento substancial no número de mortes por intervenção policial em São Paulo sob a gestão de Tarcísio de Freitas exige uma resposta imediata e contundente das autoridades. A transparência na investigação de cada caso, aliada à revisão das estratégias de segurança pública, é fundamental para garantir a segurança da população e evitar que o estado se torne um palco de violência institucionalizada. A sociedade civil, por sua vez, precisa se manter vigilante e cobrar respostas efetivas dos órgãos competentes para este grave problema.

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