‘Só Deus estava acima de nós’: o pouso milagroso do voo Aloha 243, que conseguiu aterrissar após ter o teto arrancado em pleno ar



O Milagre do Voo Aloha 243: Sobrevivência contra todas as probabilidades

Em 28 de abril de 1988, o voo 243 da Aloha Airlines, um Boeing 737-297, tornou-se sinônimo de resiliência e sorte após um evento quase inimaginável: a perda de uma grande porção do teto da aeronave em pleno voo. O incidente, ocorrido a 7.300 metros de altitude próximo a Maui, no Havaí, resultou em um pouso de emergência que entrou para a história da aviação como um ato de bravura e um exemplo extraordinário de sobrevivência.

O avião, com 90 passageiros e uma tripulação de seis pessoas a bordo, sofreu uma descompressão explosiva quando uma grande parte do teto, incluindo 18 painéis, se rompeu. A força do ar que escapou arrancou assentos e feriu gravemente alguns passageiros. A comissária de bordo Clarabelle Lansing, arremessada para fora de seu assento, agarrou-se ao avião com uma força sobre-humana, conseguindo impedir que fosse completamente sugada para fora da aeronave. A comandante, Rebecca “Beci” Rock, uma veterana com mais de 20 anos de experiência, reagiu com calma e precisão, mesmo sob um cenário de pânico absoluto. Rock e seu co-piloto, Madeline “Maddie” Hughes, lutaram contra o vento e a turbulência, mantendo o controle do avião danificado.

“Só Deus estava acima de nós”, disse uma passageira depois do incidente, descrevendo o pânico e a fé que permeou o voo. De fato, a situação foi critica: um enorme buraco em pleno voo, a perda de pressão na cabine, passageiros feridos e a imensa tarefa de efetuar um pouso seguro com uma aeronave seriamente comprometida. A habilidade das pilotos foi fundamental para conduzir o 737 até o aeroporto de Kahului, em Maui, onde conseguiram realizar um pouso de emergência em condições excepcionais.

Dos 90 passageiros e tripulantes a bordo, 65 pessoas ficaram feridas, mas a tragédia foi evitada. Uma comissária, Clarabelle Lansing, acabou sendo arremessada para fora do avião por alguns segundos. Uma passageira, um bebê, e uma comissária foram considerados gravemente feridos. Apesar do caos e do susto, a perícia da tripulação e a surpreendente resistência da aeronave permitiram a salvação de todos os 96 ocupantes, um feito que desafia a compreensão.

A investigação posterior revelou que a fadiga do metal, causada por uma manutenção inadequada, foi a principal causa do rompimento estrutural. O incidente levou a mudanças significativas nas normas de inspeção e manutenção de aeronaves, reforçando os protocolos de segurança em todo o setor da aviação.

O voo Aloha 243, conhecido como o “milagre de Maui”, é um poderoso lembrete da importância da experiência, da capacidade de reação em momentos de crise e da força da resiliência humana diante de situações quase impossíveis. A história do pouso forçado reforça a importância da segurança aérea e a necessidade de manutenções regulares e rigorosas para a preservação de vidas.

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