Síria: Hezbollah envia soldados para lutar ao lado do regime, Rússia pede que cidadãos deixem o país, e tiros são ouvidos na capital Damasco
Damasco, 6 de dezembro de 2024 – O grupo libanês Hezbollah enviou reforços militares para lutar ao lado das tropas do governo sírio na cidade de Homs, no centro da Síria. A informação foi confirmada por fontes militares sírias à agência de notícias estatal SANA, sem fornecer detalhes sobre o número de soldados enviados. Embora não haja informações oficiais sobre o tamanho do contingente, a movimentação representa um novo capítulo na longa e complexa guerra civil síria, e acende preocupações sobre a intensificação dos conflitos na região.
De acordo com a SANA, os combatentes do Hezbollah estão participando de operações militares em conjunto com as forças armadas sírias, visando combater grupos armados que atuam na região de Homs. A agência estatal síria não especificou quais grupos estão sendo combatidos, mas a cidade tem sido palco de confrontos esporádicos em áreas rurais ao redor, apesar do aparente domínio do governo em sua área central. A intervenção direta do Hezbollah em Homs, região estratégica para o governo sírio, demonstra a continuidade do apoio militar crucial da milícia libanesa ao regime de Bashar al-Assad.
Apesar da ausência de números precisos sobre os reforços enviados, a notícia reforça a complexa dinâmica geopolítica da região. O envolvimento do Hezbollah na Síria, já de longa data, tem sido um fator determinante no conflito, fornecendo apoio militar vital ao exército sírio em diversas frentes de batalha. A nova intervenção em Homs, embora não detalhada em sua amplitude, sinaliza uma possível escalada nas hostilidades e reaviva debates sobre as implicações regionais e internacionais da guerra na Síria.
A falta de transparência em relação aos números e aos objetivos específicos da operação militar levanta questionamentos sobre a verdadeira extensão do envolvimento do Hezbollah e suas implicações a longo prazo para a estabilidade da região. A comunidade internacional observa atentamente os desenvolvimentos na Síria, em meio às preocupações contínuas com a crise humanitária e as violações de direitos humanos. A confirmação da presença de reforços do Hezbollah em Homs, portanto, exige uma análise cuidadosa dos próximos acontecimentos e seus potenciais desdobramentos.