Silveira diz que o Brasil deu ‘cartão amarelo’ para a Enel em reunião com premiê da Itália
Brasília, 26 de julho de 2023 – O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou nesta quarta-feira (26) que o governo brasileiro deu um “cartão amarelo” à empresa italiana Enel durante reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-ministra Giorgia Meloni, em Roma. A declaração, feita pelo senador após encontro com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, indica um alerta do governo brasileiro em relação à atuação da empresa no país. Embora não tenha havido menção a sanções específicas, a mensagem transmitida parece ser de advertência sobre possíveis consequências caso a Enel não atenda às expectativas do governo brasileiro.
Segundo Marinho, a reunião serviu para discutir as preocupações do governo com a atuação da Enel no Brasil, especialmente no que diz respeito aos investimentos em energia renovável. O senador, que acompanhou o ministro Silveira na delegação, explicou que o governo brasileiro cobrou da empresa maior celeridade na implementação de projetos de energias renováveis. A insatisfação se concentra na percepção de que a Enel não está investindo o suficiente na expansão de sua capacidade de geração de energia limpa, apesar dos incentivos e das oportunidades disponíveis no mercado brasileiro.
A declaração de Marinho não detalha as medidas específicas que serão tomadas pelo governo caso a Enel não apresente melhorias em suas operações. No entanto, a menção ao “cartão amarelo” sugere que a empresa está em período de observação, com o governo brasileiro monitorando de perto seu desempenho. A falta de investimento em energias renováveis, considerando o contexto da transição energética global e as metas brasileiras de redução das emissões de carbono, parece ser um fator crucial na insatisfação manifestada pelo governo.
A Enel, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre as declarações do senador. A expectativa é que a empresa apresente, em breve, sua resposta às preocupações levantadas pelo governo brasileiro. O episódio demonstra a crescente pressão sobre empresas de energia para acelerarem a transição para fontes renováveis e a disposição do governo Lula de utilizar sua influência para atingir essas metas. A situação permanece em desenvolvimento e futuras ações do governo serão observadas atentamente pelo mercado e pela sociedade.