‘Série Rotas’: tráfico internacional usa portos do RJ para escoar droga, escondida em cargas como café, madeira e até sabão em pó
Portos do Rio: Porta de entrada para o tráfico internacional de drogas
– O Rio de Janeiro, conhecido por suas belezas naturais e pela vibrante vida cultural, tem sido alvo de uma face sombria: o tráfico internacional de drogas. De acordo com uma série de reportagens do G1, os portos do estado carioca se tornaram pontos estratégicos para o escoamento de drogas para o exterior, principalmente para os Estados Unidos.
A investigação, intitulada “Rotas do Tráfico”, revelou que o esquema envolve diversos tipos de drogas, como cocaína, maconha e crack, que chegam ao Rio de Janeiro por meio de embarcações vindas da América do Sul, principalmente da Colômbia e do Peru. As drogas são então camufladas em cargas lícitas e embarcadas em navios com destino aos portos americanos, passando por uma complexa rede de corrupção e logística.
A série detalha como a organização criminosa atua em cada etapa do processo, desde a produção da droga até o seu destino final. A investigação mostra a influência de facções criminosas, como o Comando Vermelho, que utilizam a força e a violência para garantir o controle da rota do tráfico.
As investigações revelaram que cerca de 70% da cocaína que chega aos Estados Unidos tem origem na América do Sul e que grande parte desta droga passa pelos portos do Rio de Janeiro. O G1 cita dados da Drug Enforcement Administration (DEA), a agência americana de combate às drogas, que apontam um crescimento significativo na apreensão de cocaína em portos americanos, principalmente no estado da Flórida, nos últimos anos.
A série também destaca a fragilidade da segurança nos portos brasileiros, apontando falhas na fiscalização e na tecnologia para detectar a entrada de drogas. As autoridades brasileiras e americanas estão trabalhando em conjunto para combater o tráfico internacional de drogas, mas a complexidade da rede criminosa e a corrupção presente em diversos níveis dificultam a tarefa.