Selic está em patamar excessivo e incompatível, diz CNI; veja as reações
Selic em patamar “excessivo e incompatível”, critica CNI: Empresários pressionam por flexibilização da taxa de juros
– A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou nesta terça-feira (21) sobre a atual taxa básica de juros (Selic), defendendo sua redução. Em nota, a entidade afirmou que a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, está em um “patamar excessivo e incompatível” com o cenário econômico. A CNI argumenta que a alta taxa de juros impacta negativamente a atividade industrial, prejudicando investimentos e a geração de empregos.
A crítica da CNI se soma a outras vozes que pedem uma flexibilização da política monetária do Banco Central. Segundo a entidade, a Selic em patamar elevado contribui para a desindustrialização e dificulta a recuperação econômica. A CNI destaca que a inflação já está em queda, o que justificaria a redução da taxa de juros.
“A manutenção da Selic em patamares elevados, em um contexto de desaceleração da economia, fragiliza a atividade industrial e impede a retomada do crescimento”, afirmou a CNI. A entidade ressalta ainda que a taxa de juros brasileira está muito acima da média dos países emergentes, o que torna o país menos competitivo no cenário global.
A CNI não detalhou qual seria a taxa ideal para a Selic, mas defende a necessidade de uma “reavaliação urgente” da política monetária. A entidade também critica a “persistente volatilidade” do câmbio, que considera outro fator prejudicial à indústria.
A pressão da CNI pela redução da Selic se intensifica em um momento de debate acalorado sobre o futuro da política monetária brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado a postura do Banco Central, liderado por Roberto Campos Neto, e defendido uma redução da taxa de juros. No entanto, o Banco Central tem se mantido firme em sua postura de manter a Selic em patamares elevados para conter a inflação.
A CNI afirma que a manutenção da Selic em patamar elevado “desestimula os investimentos, reduz o crédito e inibe a recuperação da economia”. A entidade acredita que a redução da taxa de juros seria um passo fundamental para “impulsionar o crescimento econômico e gerar mais empregos”.
A crítica da CNI à Selic foi recebida com diferentes reações. Alguns economistas concordam com a necessidade de uma redução gradual da taxa de juros, enquanto outros defendem a manutenção da Selic em patamares elevados para garantir a estabilidade da economia.
O debate sobre a Selic promete ser intenso nos próximos meses, com a CNI e outros setores da economia pressionando o Banco Central por uma mudança na política monetária.