Secas custam quase € 300 bilhões por ano, alerta ONU em COP sobre desertificação
Brasília, 17 de junho de 2024 – A perda econômica causada pelas secas no Brasil chega a aproximadamente R$ 290 bilhões anualmente, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) durante a COP15 sobre Desertificação, realizada em Abidjan, Costa do Marfim. O dado alarmante foi apresentado no encontro que debateu os desafios da desertificação, da degradação da terra e da seca, destacando a urgência de ações para mitigar os impactos dessas crises ambientais.
O alto custo das secas para o Brasil foi destacado como um dos principais obstáculos ao desenvolvimento sustentável do país. A ONU apontou a agricultura como um dos setores mais afetados, sofrendo perdas significativas em produção e consequentemente na economia nacional. Além dos prejuízos diretos à produção agrícola, as secas impactam indiretamente outros setores, gerando aumento nos preços de alimentos e afetando a segurança alimentar da população. A organização internacional ressaltou a necessidade de investimentos em práticas de manejo sustentável do solo e em tecnologias de conservação da água para minimizar os impactos das secas.
A COP15, que ocorreu de 9 a 20 de maio, reuniu representantes de governos, organizações internacionais e sociedade civil para discutir estratégias globais de combate à desertificação. O evento enfatizou a importância da cooperação internacional e da implementação de políticas públicas eficazes para enfrentar o desafio da degradação da terra, um problema que afeta diretamente a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico de diversas nações. O alerta da ONU sobre as perdas econômicas causadas pelas secas no Brasil serve como um chamado à ação, impulsionando a busca por soluções inovadoras e a implementação de políticas públicas que promovam a sustentabilidade e a resiliência ambiental no país. A dimensão do problema, representada pelos quase R$ 300 bilhões anuais em prejuízos, exige uma resposta contundente e imediata de todos os setores envolvidos.
A conclusão é clara: o Brasil precisa investir fortemente em medidas de combate à desertificação e mitigação dos efeitos das secas, não apenas para proteger o meio ambiente, mas também para garantir a estabilidade econômica e a segurança alimentar da sua população. A dimensão do problema financeiro apresentado pela ONU reforça a urgência desta ação.