‘Se eu parasse iam tacar fogo’, diz motorista de ônibus sequestrado no Engenho Novo
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2025 – Um motorista de ônibus foi vítima de um sequestro relâmpago na tarde desta terça-feira, 15 de janeiro, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação criminosa, que durou cerca de 20 minutos, deixou o profissional traumatizado. Em relato exclusivo ao G1, ele afirmou que não parou o veículo por medo de ser atacado com violência: “Se eu parasse, iam tacar fogo no ônibus”.
O crime ocorreu por volta das 14h30, quando o ônibus, da linha 639 (Cascadura-Rocha Miranda), trafegava pela Rua Uranos. De acordo com o relato do motorista, que preferiu não se identificar por receio de represálias, dois homens armados embarcaram no coletivo e anunciaram o assalto. Os criminosos ameaçaram os passageiros, exigindo seus pertences. O motorista, sob forte pressão, conduziu o veículo conforme as ordens dos bandidos, que o obrigaram a seguir por diversas ruas da região.
Durante os 20 minutos de terror, os assaltantes recolheram os celulares e carteiras dos passageiros. Segundo testemunhas, os criminosos agiram com agressividade, intimidando as vítimas com armas de fogo. Após o assalto, os bandidos desceram do ônibus na Rua Carolina Machado e fugiram. Ninguém ficou ferido durante a ação.
A Polícia Militar foi acionada e realizou buscas na região, mas até o momento nenhum suspeito foi preso. A ocorrência foi registrada na 25ª DP (Engenho Novo). A investigação está em andamento para identificar e prender os responsáveis pelo sequestro.
O motorista, visivelmente abalado, relatou ao G1 a angústia que sentiu durante o sequestro, destacando o medo constante de represálias caso ele tomasse qualquer atitude que pudesse irritar os criminosos. Ele ressaltou a sensação de impotência diante da situação e o trauma psicológico deixado pela experiência. A empresa de ônibus ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
O caso reforça a preocupação com a insegurança que afeta o transporte público na cidade do Rio de Janeiro, gerando medo e insegurança tanto para os motoristas quanto para os passageiros que utilizam o sistema diariamente. A expectativa é que as investigações avancem rapidamente, para que os responsáveis sejam levados à justiça e medidas sejam tomadas para garantir a segurança no transporte público da região.