Safra de pinhão em 2025 será menor e com alta de preços no Paraná, avalia especialista

Curitiba, 13 de abril de 2025 – A expectativa para a safra de pinhão no Paraná em 2025 é de uma produção menor e preços mais altos, segundo avaliação do engenheiro agrônomo da Emater-PR, João Carlos Poersch. A redução na quantidade de pinhões disponíveis no mercado preocupa produtores e consumidores, projetando um impacto significativo no setor.
De acordo com Poersch, a previsão é de uma queda na produção de aproximadamente 30% em relação à safra passada. Essa redução, explica o especialista, é atribuída principalmente às condições climáticas desfavoráveis durante o período de floração e frutificação das araucárias. Fatores como estiagem prolongada e temperaturas elevadas prejudicaram o desenvolvimento dos pinhões, resultando em uma safra significativamente menor do que o esperado.
A menor oferta de pinhão, consequentemente, impulsionará o preço do produto. A expectativa é de um aumento considerável no valor do quilo, embora um percentual exato ainda não tenha sido definido. A variação de preço dependerá de diversos fatores, incluindo a demanda e as condições de comercialização. Poersch destaca a necessidade de acompanhamento constante da situação para uma previsão mais precisa do valor final ao consumidor.
A Emater-PR, órgão responsável pela pesquisa e extensão rural no Paraná, está monitorando a situação de perto e buscando auxiliar os produtores rurais a minimizar os impactos da safra reduzida. A instituição recomenda práticas sustentáveis de manejo florestal para garantir a preservação das araucárias e a produção de pinhão para as próximas safras.
A situação demonstra a vulnerabilidade da produção de pinhão às mudanças climáticas, e reforça a necessidade de ações estratégicas para garantir a sustentabilidade do setor. A expectativa é que os consumidores sintam o impacto da menor safra no bolso, pagando mais caro por um produto que é parte importante da cultura e da gastronomia paranaense. O monitoramento da Emater-PR e a adaptação dos produtores serão fundamentais para minimizar os prejuízos e garantir a oferta do pinhão no futuro.