Rui Costa pede diálogo com o mercado após reação ao pacote fiscal: ‘O dólar vai cair’
Brasília, 2 de agosto de 2023 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (2) que buscará o diálogo com o mercado financeiro após a reação negativa à apresentação do novo arcabouço fiscal. A medida, anunciada na segunda-feira (31), causou uma alta significativa no dólar, que chegou a ser negociado acima de R$ 5,00. Haddad minimizou o impacto da valorização cambial, atribuindo-o a fatores externos e pontuando que a alta não é generalizada. Ele argumentou que a reação do mercado foi “exagerada” e prometeu transparência e comunicação efetiva para buscar a confiança dos investidores.
O pacote fiscal apresentado pelo governo prevê um aumento gradual da receita tributária, com metas de superávit primário para os próximos anos. A meta para 2024 é de um superávit primário de R$ 136 bilhões, equivalente a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Rui Costa, ministro da Casa Civil, também se manifestou sobre a situação, defendendo a necessidade de diálogo com o mercado para esclarecer as medidas e tranquilizar os investidores. Costa reforçou a crença do governo de que o dólar irá cair com o tempo, uma vez que o novo arcabouço fiscal, segundo ele, vai trazer estabilidade à economia brasileira. O ministro defendeu o pacote, destacando que ele é “responsável e consistente”, e que a equipe econômica está pronta para explicar os detalhes do plano aos agentes do mercado.
Apesar da reação negativa inicial, o governo se mantém confiante na capacidade de implementar as medidas e alcançar as metas propostas. A equipe econômica se prepara para intensificar as negociações com os diferentes setores do mercado, visando construir um consenso e reduzir as incertezas. A expectativa é de que este diálogo contribua para a estabilidade cambial e para a retomada da confiança no cenário econômico brasileiro. A resposta do mercado à iniciativa de diálogo e às futuras explicações do governo será um fator crucial para avaliar a efetividade do novo arcabouço fiscal e para monitorar a trajetória da economia brasileira nos próximos meses. Acompanharemos os desdobramentos desta situação com atenção.