Rui Costa: governo descarta rede popular de alimentos para diminuir preço da comida
Brasília, 23 de janeiro de 2025 – O governo federal descartou a criação de uma rede popular de alimentos como medida para combater a alta dos preços dos produtos básicos na mesa do brasileiro. A informação foi confirmada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira (23). A proposta, que vinha sendo discutida internamente, previa a formação de uma rede de distribuição para garantir preços mais acessíveis aos consumidores. No entanto, segundo o ministro, a ideia foi considerada inviável.
A decisão, segundo Costa, se baseia em uma análise criteriosa da complexidade logística e dos desafios de implantação de um programa dessa magnitude. O ministro destacou a dificuldade de garantir o abastecimento regular e a manutenção de preços baixos em todo o território nacional, diante das variações regionais e das oscilações do mercado. Ele não apresentou dados específicos sobre os custos estimados para a implementação do projeto, mas enfatizou que os recursos disponíveis seriam melhor empregados em outras estratégias de combate à inflação.
A alternativa, de acordo com o ministro, será a intensificação de outras medidas já em vigor, como os programas de apoio à agricultura familiar e o fortalecimento dos mecanismos de fiscalização de preços. Costa reiterou o compromisso do governo em controlar a inflação e garantir o acesso da população a alimentos de qualidade, ainda que sem recorrer à criação da rede popular de alimentos. Não foram divulgados detalhes sobre quais outras medidas serão adotadas ou intensificadas para alcançar esse objetivo. A expectativa é que o governo apresente um plano mais detalhado em breve.
A rejeição da proposta gerou reações divididas entre especialistas e representantes da sociedade civil. Enquanto alguns argumentam que a medida seria ineficaz e custosa, outros criticam a falta de alternativas mais efetivas para combater a alta dos preços dos alimentos, que afeta significativamente a população de baixa renda. A ausência de um plano B concreto para lidar com a questão inflacionária preocupa parte da sociedade e coloca em dúvida a efetividade das ações governamentais em garantir o acesso à alimentação básica para todos os brasileiros. Acompanharemos os próximos desdobramentos dessa situação.