Rui Costa diz que estouro da meta de inflação tem relação com cheias e seca e prevê acomodação
Brasília, 10 de janeiro de 2025 – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, atribuiu parte do estouro da meta de inflação de 2024 a fatores climáticos, como as fortes chuvas e a seca que atingiram o país. Em entrevista concedida nesta quinta-feira, ele previu uma acomodação da inflação ao longo do ano, argumentando que os impactos negativos desses eventos climáticos devem ser temporários.
A meta de inflação para 2024, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), era de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo Costa, o índice superou essa meta. Embora ele não tenha especificado o percentual final da inflação em 2024 durante a entrevista, a declaração indica que o número ficou acima de 4,5%.
O ministro destacou a influência das cheias e da seca na produção agrícola, impactando diretamente os preços dos alimentos. Ele explicou que esses eventos climáticos extremos causaram perdas significativas na produção, levando à elevação dos preços nos mercados. Essa elevação, segundo sua análise, contribuiu significativamente para o estouro da meta inflacionária.
Apesar da situação preocupante, Rui Costa demonstrou otimismo em relação à tendência futura da inflação. Ele acredita que a acomodação dos preços deve ocorrer ao longo do ano, com uma previsão de estabilização em níveis mais aceitáveis. O ministro não forneceu detalhes específicos sobre as medidas governamentais que contribuiriam para essa estabilização, porém, sua declaração sugere confiança nas políticas econômicas em curso.
A declaração do ministro da Casa Civil ressalta a complexidade dos desafios econômicos brasileiros, demonstrando como fatores externos à política monetária, como os eventos climáticos, podem exercer influência significativa sobre a inflação. Acompanhar a evolução da inflação e as medidas governamentais para sua contenção será crucial para entender a performance da economia brasileira nos próximos meses.