RJ desrespeita Política Nacional de Resíduos Sólidos e ainda tem 6 lixões a céu aberto, aponta IBGE



Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2024 – O Rio de Janeiro continua descumprindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com seis lixões a céu aberto em funcionamento, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira. A situação coloca o estado em desacordo com a legislação federal que estabelece o prazo de 2014 para a extinção desses locais de disposição inadequada de resíduos.

De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 67,8% dos municípios fluminenses aderiram à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Isso representa um total de 61 cidades que conseguiram avançar na destinação correta dos resíduos. Contudo, a falta de adesão de 29 municípios demonstra um cenário preocupante em relação ao manejo de lixo no estado.

A pesquisa do IBGE destaca a persistência de práticas inadequadas na gestão de resíduos sólidos no Rio de Janeiro. A existência de seis lixões a céu aberto demonstra a fragilidade do sistema de coleta e tratamento de lixo em diversas regiões do estado, causando impactos significativos ao meio ambiente e à saúde pública. A disposição irregular de resíduos contribui para a contaminação do solo e das águas, além de gerar riscos de proliferação de doenças.

A falta de infraestrutura adequada para o tratamento de resíduos também prejudica a economia, especialmente em termos de oportunidades de geração de trabalho e renda a partir da reciclagem e compostagem. A PNRS incentiva a implementação de sistemas mais modernos e sustentáveis de gestão de resíduos, mas a lentidão do processo no Rio de Janeiro demonstra a necessidade de ações mais efetivas por parte do poder público.

A reportagem procurou o órgão estadual responsável pela gestão de resíduos sólidos no Rio de Janeiro para comentar os dados do IBGE, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. A persistência dos lixões a céu aberto revela a urgência da implementação de políticas públicas mais robustas e eficazes para garantir o cumprimento da PNRS e a proteção da saúde pública e do meio ambiente no estado. A situação exige um esforço conjunto de todos os envolvidos, desde os municípios até o governo estadual, para encontrar soluções concretas e implementar um sistema de gestão de resíduos sólidos eficiente e sustentável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *