Rio: quilombolas cobram ação do poder público para instalar energia
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2024 – Moradores de comunidades quilombolas no Rio de Janeiro denunciam a falta de acesso à energia elétrica, afetando diretamente a qualidade de vida e o desenvolvimento dessas localidades. A ausência de políticas públicas efetivas para garantir a eletrificação dessas áreas históricas tem gerado dificuldades em diversas áreas da vida cotidiana, desde a conservação de alimentos até o acesso à educação e à comunicação. Lideranças comunitárias cobram ações imediatas do poder público para solucionar o problema.
Segundo informações obtidas junto aos representantes das comunidades, a situação é crítica em várias regiões. A falta de energia compromete o funcionamento de equipamentos essenciais, como geladeiras, dificultando a preservação de alimentos e contribuindo para o desperdício. A ausência de iluminação adequada à noite também representa um risco à segurança dos moradores, além de impactar diretamente na rotina escolar de crianças e adolescentes, que frequentemente precisam estudar em condições precárias de luminosidade.
A ausência de energia elétrica também impacta o acesso à comunicação e à informação, já que muitos não possuem alternativas para utilizar equipamentos como computadores e telefones celulares. Este isolamento prejudica o desenvolvimento econômico das comunidades e dificulta o acesso a serviços públicos essenciais. A falta de energia, somada à dificuldade de acesso à internet, prejudica diretamente a participação das comunidades em políticas públicas e programas sociais.
O impacto da ausência de eletricidade extrapola a questão da comodidade, afetando diretamente a saúde e o bem-estar dos moradores. A dificuldade de refrigeração de medicamentos, por exemplo, representa um risco significativo à saúde da população, particularmente em áreas com maior vulnerabilidade. A falta de iluminação também contribui para a proliferação de insetos e roedores, aumentando o risco de doenças.
Representantes das comunidades quilombolas se manifestaram publicamente, exigindo providências urgentes do poder público. Eles destacam a importância histórica e cultural dessas regiões e a necessidade de garantir o acesso a serviços básicos como a energia elétrica, como forma de garantir o direito à cidadania plena para todos os moradores. A expectativa é que o governo apresente um plano de ação concreto e eficaz para solucionar o problema em curto prazo. A luta pela eletrificação dessas comunidades representa uma batalha fundamental pela dignidade e inclusão social.
A falta de energia elétrica nestas comunidades quilombolas do Rio de Janeiro evidencia uma desigualdade estrutural que precisa ser enfrentada com urgência pelo poder público. A falta de ação governamental demonstra a necessidade de políticas públicas mais efetivas e inclusivas, que garantam o acesso a serviços básicos essenciais para todas as populações, independente da sua localização geográfica ou contexto histórico. A mobilização das comunidades e a pressão por mudanças são fundamentais para garantir a conquista deste direito básico.